Folhetos e Estudos...

 

“...saibas como se deve proceder na casa de Deus,       

a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.” 

( 1ª Timóteo 3.15)

 

 

 

Aos estudiosos (persistentes em ler, não preguiçosos) que estão sempre aprendendo e chegando ao conhecimento da Verdade e à firmeza na Verdade, compartilho, pensando em nossas aulas no Seminário, quando ministrava por 7 anos em Cuiabá, e dedicávamos a entender os diversos modelos de plantação e de crescimento de igreja, à época, os mais destacados: Rede Ministerial, Igreja com propósito, Igreja em (ou com) Células, Desenvolvimento Natural de Igreja (meu preferido do ponto de vista bíblico), enfim, foram dezenas de modelos apresentados, estudados e revisados, sempre com a mesma intenção: entender os princípios que são bíblicos, portanto funcionam em qualquer lugar, com qualquer povo. Não o fazer cópia, como se as igrejas fossem como farinha do mesmo saco e que se copia uma "receita de bolo" de crescimento e o crescimento vem sem quebrar ninguém, sem quebrar pessoas, não, as igrejas do SENHOR Jesus, são compostas por pessoas redimidas e feitas em “Nova Criatura”, e muitas vezes, no lugar de se quebrar paradigmas tradicionalistas e fariseus, o que se quebra são pessoas redimidas pelo Sangue do Cordeio Jesus Cristo, que deram "sangue, suor e lágrimas" na história da evangelização e plantação de igrejas! Além do ser humano criado tão complexo, agora as ovelhas são cidadãos do Reino de Deus e filhos co-herdeiros com Cristo!

Assim, como não sou omisso, tenho acompanhado alguns de nossos ex-alunos, inteligentes, prudentes, sábios e movidos por intenções puras, estão aplicando os princípios, inclusive de novos modelos, como o MDA sem mudar a doutrina neo-testamentária para a doutrina neo-pentecostal. Parabéns! 

Mas, aos que ainda não conhecem este último modelo, estão em dúvida por falta de conhecimento e desejam mergulhar na introdução do Modelo MDA, leia estes textos e tire suas conclusões!   

Primeiramente, com a devida permissão, compartilho as observações do nobre amigo Pr. Barbosa Neto (ex-sacerdote Romano, muito erudito e exímio escritor, com seu testemunho conhecido em todo o Brasil, especialmente entre os Batista.) e que tem sofrido muita perseguição por amor à Cristo.


Na sequência está:
RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DO CONSELHO GERAL DA CBESP PARA PRESTAR PARECER SOBRE O MODELO DE DISCIPULADO APOSTÓLICO - MDA, e por fim o texto 

"Um engano chamado M.D.A. (O que está por detrás deste método)" 

E para comparar as semelhanças e divergências: 

- A CBB e o Movimento G-12. (Publicado em O Jornal Batista, 30 de outubro de 2000) 

E por último, - GT Doutrinas e Práticas Pentecostais (Apresentado/Aprovado na 79ª CBB Goiânia 1998, Livro do Mensageiro. Págs.579-587)

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Em 20/06/2015 22:36, "Barbosa Neto 3112 - BOL" (...) escreveu:

Amados,

Mais uma vez peço licença a todos os companheiros para dar o meu modesto parecer ao assunto que agora estar em evidência: modelo celular, MDA e similares.  Há um parecer muito útil e orientador que precisa ser lido e observado: “RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DO CONSELHO GERAL DA CBESP PARA PRESTAR PARECER SOBRE O MODELO DE DISCIPULADO APOSTÓLICO – MDA”, que postamos abaixo para análise e a sua observação.

Ao longo dos anos, tenho procurado ser observador e pesquisador. Tenho aprendido isso a duras penas. E sempre me recolho a minha à minha insignificância, vivendo apenas de observar, observar e observar.  Até na minha Igreja, da qual sou membro, sempre me dou o privilégio de ter o meu lugar de sentar um tanto quanto reservado, recolhido ao meu cantinho, o qual o denominei de meu ‘cantinho santo’, mas sempre pronto para servir, quando sou convocado para tanto. Nunca sou ‘oferecido’, jamais!... Quando sou convidado a colaborar, sempre procuro fazer o melhor, o meu melhor, mesmo ciente das minhas tão notórias limitações. Nunca em momento algum, sou ‘entrão’ em assuntos que não me compete entrar... Às vezes até parece que não tenho opinião própria formada sobre determinados assuntos, mas gosto apenas de observar, e ser observador,  e isso não atrapalha e nem arranca pedaços de ninguém. Esta é uma característica minha e, creiam, depois de muito apanhar na vida, de sofrer bastante os revesses da vida, aprendi a me recolher à minha pequenez, e me tenho dado muito bem com esta atual postura. Louvado seja Deus!

Mas eu quero dar a minha insignificante parcela de contribuição ao assunto ora em tela, que é a coqueluche do momento.  

No ano passado fui convidado mais uma vez, para realizar uma série de conferências em uma grande igreja, no RJ, da mesma Fé e Ordem, e o Senhor Deus me abençoou e me usou bastante e, através desta igreja local, fiquei conhecendo outra igreja coirmã, já tida como megaigreja, envolvida com o sistema MDA.

Na residência que fiquei hospedado, fui levado pelo meu anfitrião, a conhecer aquela megaigreja, em área nobre do RJ, da qual ele hoje é membro. Fui ali para escarafunchar toda a sua literatura aplicada, e trouxe boa parte dela comigo e, na ocasião, não tive acesso ao seu pastor-titular, como era meu desejo e objetivo da visita, pois ele só tem disponibilidade para o pequeno público nas suas apresentações nos dois cultos por domingo, pois todos os demais contatos são tão-somente através de seus obreiros que são denominados de ‘pastores de área’.

De qualquer forma fui bem recebido. E nessa longa entrevista, de quase duas horas, quando fui minuciosamente informado sobre a prática de atuação e ação daquela igreja, hoje conhecidíssima no RJ e já no Brasil inteiro, fui convidado a participar, aqui em Fortaleza, da “7ª Conferência Nordeste da Visão do MDA, Para Pastores e Líderes”, organizada e levada a efeito pela já conhecidíssima Igreja da Paz, liderada pelo Pr. Abe Huber, nos dias 26 a 29 de agosto de 2014.

Reunir esforços e arranjos financeiros e fui participar. Não deixei passar a oportunidade. No primeiro momento quando ali cheguei, parecia um peixe fora d’água! Entrei numa fila enorme para fazer a minha inscrição. Nunca havia visto uma multidão enorme reunida aqui em Fortaleza, minha cidade natal e onde resido, em um único local fechado, em um espaço transformado em santuário simplesmente ENORME, com uma impecável estrutura fantástica, onde fui logo recepcionado por um grupo de introdutores que quase me levaram no colo para me colocar em uma cadeira, num amplo, num gigantesco santuário, com o maior carinho.

Nunca havia sido tão bem recepcionado em um evento de grande aglomeração, de uma forma tão carinhosa como eu fui. E, pasmem: eles fizeram assim comigo e com os demais que iam chegando. E nós éramos apenas ilustres desconhecidos, mas fomos bem recepcionados.

Ali naquele imenso local estavam representantes de igrejas denominacionais tidas como TRADICIONAIS, sentados em locais privilegiados e até pentecostais clássicos estavam ali reunidos, vindos de TODAS as regiões do solo brasileiro! Um mega evento pra ninguém colocar defeitos! Impecável! Tudo certo no lugar certo e funcionando a contento. A estrutura do evento bem melhor e bem mais funcional que muitas das nossas estruturas para a realização das assembleias da CBB! Se duvidar, participe da próxima Conferência que será novamente levada a efeito em agosto próximo aqui em Fortaleza... É ver de perto para contar de certo!

Um verdadeiro arsenal de literatura PRÓPRIA, nada de literatura estranha, nada de qualquer outra editora. Eles não aceitam literatura de ninguém. NADA de qualquer editora. O carro-chefe do ARSENAL de literaturas é formado de um bloco de literaturas: “Discipulado Um a Um”, “Ide e Fazei Discípulos”, “O Purê de Batatas”, “O Fator Barnabé” e “A Geração Hur”, todas de autoria do Pr. Abe Hur. Homem simples, de gestos simples, que se mistura com o povo – diferente dos outros ‘estrelados’ que conheço por este Brasil afora.

Tenho aqui em minha casa todas estas literaturas e mais outras e mais outras, derivadas delas, em local reservado para não ‘contaminar’ os meus outros livros!  Mais de 10 apostilas – pois me faltou verba, o vil metal,  para adquirir outras, mas eu trouxe as mais importantes! O “Purê de Batatas” tem sido usado pelo ex-presidente de nossa Convenção Brasileira, na igreja local da qual ele é pastor titular – nós, em boa parte sabemos ou fomos informados disso, sem segredos outros, divulgados em nossos grupo de relacionamento. Lembram-se disso?

O conteúdo da literatura, no primeiro momento – não podemos negar! – é de excelente qualidade! Não detectei nenhuma heresia aparentemente visível. Se alguém precisar de quaisquer literaturas deles, não as encontrará em NEM UMA livraria espalhada em todo o território nacional. Não encontra. Elas só podem ser adquiridas COM ELES, com as suas particulares OBSERVAÇÕES e INSTRUÇÕES!

Tem algo bom na literatura deles? Tem algo bom no MDA? CLARO! Eu seria injusto, demente, ‘maria-vai-com-as-outras’, um beócio de carteirinha, se dissesse que não e de maneira irresponsável e isso eu não sou! Posso ter cara de bobo, jeitão de bobo, andar de bobo, sentar de bobo, quem me olha pode até não dar valor nenhum por mim, mas essas formas adjetivas, não me dizem respeito!... Pelo menos eu aprendi a ler e sei avaliar muito bem o que leio... Mas a literatura deles é como carne de peixe de boa qualidade: precisa ser retirado as espinhas, que são muitas e profundamente sutis! Sabendo retirar, aproveitaremos carne de boa qualidade e de excelente sabor!

Eles batem o pé, não aceitam por nada ser comparados ao G12 e seus similares! Dizem que tem ojeriza ao G12... Vocês conhecem o adágio popular que diz: “o sujo falando do mal lavado?!” Pois é!!!... Parecem que são irmãos gêmeos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe! Claro que com fraldas e roupagem e abordagem diferentes, mas a FORMA DE CONTROLE, subserviência total  e de ESCRAVIDÃO (o termo adjetivo é ‘cobertura’, é bem mais clássico), É O MESMO!

Eles tem pré-encontro, encontro e pós-encontro, conhecidos como Face a Face, formato este tirado do G12 e M12, tudo como manda o figurino do G-12 e seus similares! TUDO! Até as virgulas! E um POUCO MAIS AINDA! O líder de célula ou auxiliar de líder é exigido  a “exigência” o “falar em línguas estranhas” como prova do Batismo no Espírito Santo, uma postura teológica eminentemente pentecostal.  É só saber pesquisar minuciosamente!...  É como chamar José de cazuza!... É só dar uma boa olhada na literatura deles.  

Quem achar que estou exagerando, levantando falso testemunho irresponsável, é só provar o contrário!... Mas com provas cabais!... Dizer isso e aquilo, por simples questão de dizer, não vale; não que ter consistência; e provas são provas!...   

Conhecer é uma coisa bem diferente do que aplicar, empurrar goela abaixo dos outros... Assinei embaixo, sem pestanejar, o que disse o nobre Colega, Pr. Edmilson, que não assinou com o seu sobrenome: “o GRANDE MÉTODO de Deus sempre foi homens santos e comprometidos aos Seus pés”.

Mas, por outro lado, não estranhei em nada  o termo "receita de bolo para crescimento”, porque é exatamente isso o que muitos de nós fazemos, gostamos muito de copiar o que está dando certo em outros locais, e querer usar como “receita de bolo” e gostamos tanto dos modismo que surgem de última hora, e tentamos fazer o mesmo em casa! EM NOSSA CASA! Será que nós nos relembramos da história belíssima de Davi com o Golias? A couraça de Saul não deu certo em Davi! Só deu certo e com êxito, quando Davi usou o estilingue!!!

E para coroar as observações, vejam as brilhantes pontuações do nobre Pr. Helmuth Scholl (nome complicado, mormente para cearense pronunciar!!!), mas que disse TUDO que precisamos ouvir e aprender.

Precisamos saber dar mais valor ao NOSSO material que está ao alcance de nossas mãos! A Igreja Multiplicadora é uma das maiores e melhores ferramentas que temos! Alguém duvida disso? Se duvida, adquira a literatura, TODA ela, participe dos treinamentos práticos, não tenha PRECONCEITO com o nosso material... Ele é bom, excelente, quem sabe você é que ainda não aprendeu a usá-lo, a orar, a ter a humildade de caminhar passo a passo. Fuja do pragmatismo, dos modismos de última hora, por mais interessantes que eles sejam!

É bom conhecer TUDO. Claro! Aliás isso é recomendação paulina: julgai (imperativo) TODAS as coisas, RETENDE  o que é bom; abstende-vos de TODA forma de mal”. (I Tessalonicenses 5.21-22).

Excelente a sugestão do nobre Colega, Pr. Jonas Bidart: “PERMANECEI, POIS, NA CIDADE (EM JERUSALEM) ATÉ QUE DO ALTO SEJAIS REVESTIDOS DE PODER”!!!

Mas, infelizmente, muito de nós fugimos de Jerusalém, com medo, com pavor de ser identificados com OUTROS que muitos de nós, tanto ojerizamos e os adjetivamos de ‘hereges’, porque tem defeitos na sua teologia, por nossa livre recreação!!! Pois isso somos muitos eufóricos e afoitos para correr em busca de modismos, de novidades, de “receita de bolo”, porque achamos que o paladar nos foi agradável, e queremos o bolo igualzinho em nossa casa! Não dá certo! Porque cada caso é um caso! Couraça de Saul não deu certo em Davi – nunca se esqueça disso, jamais!...  

É, muitos de nós somos desobedientes e disso não tomamos consciência!...

Pronto. Será que falei pelos cotovelos algo que não deveria ter falado?!...

Veja agora o relatório da Comissão Especial do Conselho Geral da Convenção Batista do Estado de São Paulo – CBESP e tire as suas conclusões.  

Abraços,

Pr. Barbosa Neto

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RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DO CONSELHO GERAL DA CBESP PARA PRESTAR PARECER SOBRE O MODELO DE DISCIPULADO APOSTÓLICO - MDA

O Conselho Geral da CBESP nomeou esse Grupo de Trabalho constituído dos Pastores Ely Xavier de Barros, Carlos Water Marques da Silva, Antonio Lazarini Neto, Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez e Marcelo Gomes Longo, para apresentar um parecer sobre o Modelo de Discipulado Apostólico – MDA, adotado por algumas Igrejas Batistas e combatido por outras dentro da denominação.

O GT apresenta a esse Conselho Geral o seguinte parecer:

1) Considerações Preliminares:

A CBESP em sua eclesiologia não elegeu, nem elege nenhum modelo de gestão eclesiástica às igrejas do seu rol de cooperantes. A multiforme graça de Deus se manifesta diversamente. Os ministérios são diferentes, e nenhum deve ser apresentado, por si só, como apropriado ou não a uma igreja específica assim como não os classifica como superior ou inferior uns aos outros.

Historicamente, igrejas e pastores batistas da CBB reconhecem como autoridade suprema sobre si o Senhor Jesus Cristo e as Escrituras Sagradas como nossa única regra de fé e prática, não se submetendo a nenhum líder ou modelos que não estejam em sintonia com os princípios eternos da Palavra de Deus.

2) Considerações sobre o Modelo de Discipulado Apostólico – MDA

É um Modelo de crescimento de Igrejas criado a partir de outros modelos já existentes, como G12; M12; G5, grupos de interesse, entre outros.

Definição do Modelo: "Na visão MDA, é possível a Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar bem de cada cristão – é o modelo de discipulado um a um em ação" (M.D.A. = Modelo de Discipulado Apostólico).

A principal forma de atuação é através de células ou pequenos grupos. É considerado micro célula a dupla de discipulado um a um. Ou seja, um discipulador e um discípulo.

Buscam usar toda e qualquer forma de evangelismo visando ganhar pessoas para CRISTO.

Possuem várias ferramentas de formação de líderes, inclusive com pré-encontros, encontros e pós-encontros conhecidos como Face a Face, formato este tirado do G12 e M12.

Além do material que usam para o treinamento, sugerem leituras de livros de autores como David Yonggi Cho, Kenneth Hagin, Watchman Nee, Benny Hinn entre outros da confiança deles. Por esta sugestão de livros já se denota a linha teológica neopentecostal do Movimento.

O Objetivo final é tornar a igreja estruturada em células, mesmo ao custo de se abolir outras formas de ação que a igreja venha a ter, como EBD, Mulheres Cristãs em Ação, União de Jovens, União Masculina, etc. Afirmam em seu material de treinamento que 90% dos líderes surgem através do discipulado um a um e 0% de classes estruturadas como Escola Bíblica, por exemplo, e 0% do púlpito.

As células funcionam como igrejas, ou seja, elas levantam ofertas e dízimos, ministram a "santa ceia", o líder da célula batiza os novos convertidos, entre outros atos de culto. Também fazem ação social e cuidados pastorais entre seus membros.

Dentre os critérios para ser líder de célula ou auxiliar de líder está a exigência do "Falar em Línguas Estranhas" como prova do Batismo no Espírito Santo, postura teológica eminentemente pentecostal, não bíblica.

No discipulado um a um deve acontecer uma mentoria, que torna o discípulo dependente do discipulador. Ensinam que o mínimo é M.D.A.3 (três discípulos), e o máximo é M.D.A. 12 (doze discípulos). O importante é que todos estejam debaixo da cobertura de um discipulador.

Orientação da Cartilha do MDA: "Discipulador não é discípulo que escolhe, é Deus! Em outras palavras, você não tem o "direito" de escolher o seu discipulador. Você tem que humildemente esperar no Senhor e submeter-se a decisão d’Ele. Seja quem for o discipulador que Deus colocar sobre você, é sua responsabilidade de submeter-se alegremente, ser transparente, e humildemente receber ajuda".

3) Algumas práticas do MDA

À semelhança de outros modelos neopentecostais, o MDA desenvolve algumas práticas extremamente místicas, que acontecem, especialmente (e preliminarmente) nos Encontros Face a Face, e, gradualmente, nas demais celebrações, tais como:

a) Uso indiscriminado do óleo - "BORRIFAMENTO" coletivo de óleo nas cabeças das pessoas no ato do culto.

b) Incentivo aos crentes na busca de "Línguas estranhas" - Um dos critérios para o Auxiliar se tornar Líder da Célula é falar em línguas (vide pagina 49, Item II, letra A da CARTILHA VISÃO DO MDA).

c) Cair no Espírito - Crentes são derrubados pelo "Espírito de Deus" dentro do Modelo, especificamente nos encontros FACE A FACE. Os líderes põem a mão na testa dos crentes e eles caem em transe por vários minutos.

d) Submissão total à liderança e seu discipulador - Uma espécie de não questionamento. O discípulo deve total obediência ao discipulador.

e) Ministração da "SANTA" Ceia uma vez por mês na Célula.

f) Benzimento das chaves para proteção das casas.

g) Altar de louvores dentro das casas - Todos os líderes devem (coercitivamente) separar um lugar dentro de casa e instalar um aparelho de som para tocar louvores ao Senhor durante as 24 horas do dia. Isso trará bênçãos aos familiares.

Obs.: Para um conhecimento mais profundo sobre este modelo, recomendamos o estudo do material já publicado pela CBB e CBESP sobre O MOVIMENTO DE IGREJA EM CÉLULAS NO GOVERNO DOS 12 - G12, inclusive sobre sua teologia e comparação com a genuína teologia bíblica.

4) Parecer

A proposta de disposição da igreja em células e a prática do discipulado pessoal dos crentes e novos convertidos é plenamente aplicável a qualquer igreja, pois encontramos amplo respaldo bíblico e neo-testamentário para estas estratégias. Muitas igrejas batistas se estruturam desta forma e nem por isso abrem mão da pura doutrina e teologia bíblica. A aplicação de ferramentas modernas não precisa implicar em introdução de práticas eclesiásticas, litúrgicas e ministeriais que ofendam os princípios estabelecidos por Deus no novo testamento a serem seguidos pelas igrejas locais desde os tempos apostólicos até a volta de Cristo.

Os batistas são pioneiros na introdução de células como estratégia de funcionamento das igrejas na era contemporânea. Ralph Neighbour (autor do livro Segue, amplamente usado há décadas por igrejas batistas brasileiras), pastor batista americano, foi o que primeiro sistematizou esta proposta hoje consolidada pelo Ministério Igreja em Célula.

A Junta de Missões Nacionais, da CBB, utiliza-se da proposta de igreja em célula e do discipulado individual em seu programa conhecido como Igreja Multiplicadora, com material à disposição para as igrejas.

5) Recomendações

1- Que a CBESP, através de seu escritório alerte as igrejas quanto a questão doutrinária neopentecostal deste movimento.

2 – Que a CBESP crie um modelo semelhante com os princípios, valores, doutrina e teologia bíblicos, assim como com sugestões de práticas e ferramentas operacionais adequadas às suas crenças e ofereça às suas igrejas.

3 – Que a CBESP providencie o treinamento dos que desejarem, incluindo seus missionários, introduzir o modelo celular e de discipulado individual em suas igrejas visando um desenvolvimento sadio.

4 – Chamamos atenção pelo excelente material produzido pela JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS para impulsionar a multiplicação de discípulos: Igreja Multiplicadora e Pequeno Grupo Multiplicador que poderão ser instrumentos norteadores do modelo Batista, sem perder nossa identidade denominacional.

5 – Que a CBESP faça uma análise dos diversos modelos existentes e indique às igrejas batistas aqueles que não ofendem a Palavra de Deus e que estão em acordo com nossas práticas

 

http://cbesp.org.br/index.php/documentos/219-parecer-do-gt-sobre-o-mda

 

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 "Um engano chamado M.D.A. (O que está por detrás deste método)" Disponível em (< http://admidia.blogspot. com.br/2014/08/um-engano- chamado-mda-o-que-esta-por. html?m=1>) um texto longo, bem documentado para que conhecer o que está por detrás do método seguido à risco, como receita de bolo. 


A introdução é assim apresentada (mas é necessário visitar a link e ler na página o conteúdo na íntegra, depois salve em um arquivo para seus estudos e reflexões)

 
“...mantendo a fé e a boa consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.” 1 Timóteo 1:19

1. Introdução

A alguns anos, algo tem revolucionado as igrejas pentecostais e neopentecostais no Brasil. Estou falando do Modelo de Discipulado Apostólico, o M.D.A. Este suposto método de evangelismo está embasado no que chamam de “discipulado um a um”. Trata-se de um trabalho em células para a igreja local e com isso, um maçante trabalho de “cobertura espiritual”, um elo entre duas pessoas que se chama de discipulador e discipulado.

Muitas igrejas pentecostais pioneiras e tradicionais no Brasil estão mudando completamente seus métodos de ensino e evangelismo, como a igreja Assembleia de Deus, alegando terem descoberto “a roda”; ou seja, afirmando que agora conhecem o verdadeiro evangelho e as implicações da grande comissão de Cristo. Muitos Pastores chegam a dizer que por décadas pastoreando estavam completamente errados na forma de trabalho, mas agora com este modelo estão convictos que esta é a verdadeira comissão deixada por Jesus para a evangelização do mundo nesta última hora. Grande engano!

É incrível como tais pastores se rebaixam na ignorância e insensatez de dizerem que tudo o que viveram e aprenderam estava raso e sem conteúdo. Na verdade tais Pastores precisam entender que o grande problema de suas igrejas e de seus ministérios sempre fora a ignorância, principalmente de usos e costumes e da liberdade em Cristo Jesus. São igrejas amarradas no tradicionalismo exacerbado, que viram vazar fieis ao longo dos anos e desesperados por estarem em igrejas frias e apáticas, abraçam tal método com unhas e dentes. 

Sabemos que as empresas de marketing multinível sabem como atrair suas presas. É fácil ludibriar alguém para entrar em algo que não conhecem com promessas de dinheiro fácil. Em nosso caso, também sabemos que o grande desejo de qualquer Pastor com certeza é ver sua igreja cheia. É exatamente aí que o M.D.A. se aproveita; da ganancia Pastoral de ver sua igreja alegre, vibrante, com muitos crentes e automaticamente com mais dízimos. Infelizmente é assim. Antes as inovações que chegavam nas igrejas vinham por crentes (ovelhas) mas logo eram descartadas pela liderança. Neste caso é diferente, a rede é armada para nossos Pastores.

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Mateus 24.24. Na maioria das vezes olhamos este versículo e logo pensamos em outras pessoas. Mas lhe digo que você pode ser a pessoa encaixada neste texto. Espero que tenhas coragem e lhe desafio a ler até o final deste artigo para tirar suas próprias conclusões. Se você é alguém que não gosta de leitura e de reflexão, então lhe digo para ficar no seu mundinho e não perca seu tempo de ler até o final. Pois bem, vamos começar do começo."

 

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A CBB e o  Movimento G-12. 

(Publicado em O Jornal Batista, 30 de outubro de 2000)

 

PREÂMBULO.

 A Diretoria da Convenção Batista Brasileira, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e os Secretários Executivos das Convenções Batistas dos Estados da Federação, vêm participando dos debates e acompanhando com interesse as experiências com relação ao chamado Movimento G 12, ou Igrejas em Células, ou Modelo dos Doze. E neste momento da vida denominacional entendem necessário fazer pronunciamento a seguir, visando à saúde doutrinária e à unidade das igrejas, à sustentação dos princípios bíblicos e teológicos que informam nossas doutrinas e práticas, à eficácia de nosso testemunho nesta virada de século e milênio e, sobretudo, à glória de Deus.

 

NOSSAS CONVICÇÕES

 Como preliminar à nossa avaliação e posição sobre o Gl2, é mister recordar e afirmar algumas de nossas convicções:

1. Cremos nas Escrituras Sagradas, e canônicas, compostas de Antigo e Novo Testamento, como registro fiel da revelação de Deus, e como única regra de fé e conduta, para o crente e para a igreja de Jesus Cristo, no mundo.

 2. Cremos que a Bíblia deve ser interpretada por firmes princípios hermenêuticos, dos quais ressaltamos o de que a Bíblia deve ser interpretada pela Bíblia, o texto, pelo contexto, mas sempre à luz da Pessoa e dos Ensinos de Jesus Cristo.

 3. Cremos no Deus trino, Pai, Filho e Espírito Santo, cujas obras contemplamos na Criação e na História e que se revela de maneira gradual e progressiva, nas Escrituras e, plenamente, na pessoa de Jesus Cristo, Verbo encarnado.

 4. Cremos na Igreja como entidade temporal e atemporal, fundada por Jesus Cristo e que tem por missão a redenção dos homens e o fazer discípulos em todas as nações, a formar uma nova criação, a humanidade deuteroadâmica.

 5. Cremos na suficiência de Jesus Cristo como Senhor E Salvador, e na eterna salvação dos que nele crêem. Cremos que no ato de sua fé em Cristo, o novo crente recebe o Espírito Santo como penhor da herança eterna, iniciando-se, então, o processo da santificação cujo alvo é tornar o crente semelhante a Cristo.

 6. Cremos, como cristãos, evangélicos e batistas, que a revelação chegou à plenitude em Jesus Cristo e que toda alegação de novas revelações e novas verdades, por sonhos, visões e outros meios, deve ser cotejada com as Escrituras, corretamente interpretadas.

 7. Cremos que a igreja do Novo Testamento, especialmente a de que dá conta o livro de Atos, constitui modelo para as igrejas de nossos dias, já no compromisso com a proclamação, a adoração, a comunhão, a edificação e o serviço; já em seu funcionamento pendular, no templo e na: casas, a promover o reino de Deus.

 8. Cremos serem permanentes de valor universal e transcultural (a valer, portanto, em todas as culturas), os princípios bíblicos de organização, vida, ministério, proclamação e serviço da igreja, porém os métodos e modelos de sua atuação podem e devem variar, de acordo com a sociedade e a cultura em que a igreja se insere desenvolve a sua missão.

 9. Cremos, como biblicamente fundados, os princípios do sacerdócio universal dos crentes, de livre exame da Bíblia e, portanto, de livre acesso a Deus, por meio de Jesus Cristo. Por isso rejeitamos o sacerdotalismo, o sacramentalismo e o ritualismo, qualquer tipo de hierarquia na esfera espiritual e eclesiástica, e a pretensão humana de interpor-se entre o crente e Deus.

 10. Cremos, outrossim, no princípio de autonomia da igreja local e de seu governo congregacional, sob a liderança de Jesus Cristo, seu único Cabeça.

 11. Cremos, à luz de Efésios 4.11, que o Senhor provê pastores/mestres para Suas igrejas, a eles incumbindo pregar e ensinar a Palavra; sem mescla de erro, sem distorções, com fidelidade, dedicação, simplicidade e clareza (2Tm 4.2-4).

 

NOSSA PERCEPÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G 12

 Percebemos, pela leitura dos escritos do originador do Movimento e de seus discípulos em nosso país, algumas características que ou elementos que o fazem contrastar e chocar-se com a posição batista que acabamos de descrever no formular de nossas convicções. Vejamos algumas:  

·       Perfil neopentecostal e neocarismático, com ênfase na experiência pessoal e mística, em detrimento da Palavra escrita.  

·       Misticismo em todas as áreas da vida e do funcionamento do programa.  

·        “Marketing religioso” que até entendeu de eliminar da igreja nascente o próprio nome evangélico, ou cristão.  

·       Visão empresarial da igreja.  

·       Forma episcopal de governo da igreja, e de pirâmide hierárquica centralizadora de poder.  

·       A pretensão de terem a última palavra da revelação de Deus para a igreja do século 21.  

·       Desprezo aos valores estéticos e à riqueza teológica da hinódia cristã, formada ao longo dos séculos.  

·       Sacralização do número 12, como se fora paradigma para o novo modelo de grupos.  

·       Pretensão de santificação instantânea, obtenção e liberação do poder como resultado do Encontro proposto como condição fundamental para a habilitação dos discipuladores.  

·       Crescimento numérico, como único critério de legitimidade bíblica e evangelicidade, em detrimento da clareza e de formulação de sólidas bases teológicas.  

·       Ênfase na salvação temporal.  

·       Evangelismo de resultados e não de compromisso com a verdade que conta pragmaticamente o número.

·       Construção do movimento sobre uma experiência pessoal de visão de um líder.  

·       Ênfase demasiada nos métodos, na estrutura programática que há de ser seguida à risca, quando sabemos que Deus não unge métodos, mas pessoas.  

·       Participação (no Encontro) como fonte única de autoridade crítica.  

·       Emoção humana, como evidência incontestável da presença do Espírito Santo.  

·       Evidências de manipulação psicológica e espiritual, especialmente, no Encontro, que é parte essencial do Movimento G 12, não restando aos dele participantes as condições e o tempo necessários à reflexão crítica, à atitude bereana.

 

NOSSA POSIÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G 12

 À luz das convicções que explicitamos, do exame criterioso e objetivo de testemunhos, relatórios, pronunciamentos e documentos de líderes evangélicos em geral e batistas, em particular, e das características que acabamos de assinalar chegamos à seguinte posição:

 1. Não julgamos o espírito ou as intenções dos fundadores e pais do Movimento, mas nos atemos aos fatos e escritos a que tivemos acesso.

 2. Reconhecemos que ao longo dos séculos, e especialmente no nosso, têm surgido propostas, modelos e métodos de "fazer igreja" e de evangelizar ou “fazer missões”, alguns com a pretensão de serem a "última revelação" a "última palavra", "o método perfeito", todos têm sido marcados pe a temporalidade e impermanência. Afinal de contas, os métodos variam, e não são eles que contam, mas a pessoa humana. Diz, com propriedade, um autor estrangeiro, que "o homem é o método de Deus".

 3. O G5, o G12, as "koinonias", os "grupos de ECO", os NEBS (núcleos de estudo bíblico nos lares) constituem todos modelos humanos, e têm o propósito (ou devem ter), de promover a eficaz atuação da igreja no mundo. Mas nenhum deles pode arrogar-se o "status" de revelação final ou método perfeito; todos esses modelos são marcados pela falibilidade humana. Quanto ao número 12, por exemplo, não há registro bíblico de que cada apóstolo tenha preparado doze discípulos, e estimulado estes a discipular mais doze.

    Nem há registro de as igrejas dos primeiros séculos da história cristã haverem criado grupos de 12, ou de qualquer outro número fixo e definitivo.

    Reuniam-se nos lares, sim. Mas sem definição de um número fixo de pessoas, ou pretensão de outra homogeneidade que não a da fé, do grupo eclesial que se reunia.

 4. É verdade que nossas igrejas, para cumprirem efetivamente o mandato recebido do Senhor, de "fazer discípulos de todas as nações", precisam de extroverter-se, conforme a igreja de Jerusalém. Lá os crentes reuniam-se "no templo e de casa em casa". É mister adotar estruturas leves e simples, mediante pequenos grupos nos lares. Isso, entretanto, sem perder de vista a unidade e a integridade da igreja. Para tanto os grupos nos lares, ou células familiares, seja qual for o nome adotado,  

a)     devem ser dirigidos por pessoas com capacidade espiritual, moral e intelectual;  

b)    os líderes devem ser bem preparados pelos pastores;  

c)     os líderes devem ser orientados a conduzir estudos sobre os mesmos temas, a comunicar as mesmas doutrinas, a conduzir o povo de Deus à firmeza na fé, à comunhão, à santidade e ao serviço;  

d)    os líderes dos grupos ou das células devem formar discípulos maduros não vindo a torná-los, à moda de gurus, dependentes e inaptos a buscar por si próprios a direção de Deus em Sua Palavra.  

5. Rejeitamos o Movimento G12 quanto ao modelo e conteúdo dos Encontros alvitrados em sua filosofia (Pré-Encontro, Encontro e Pós-Encontro), pois seus métodos e procedimentos vêm ao arrepio dos princípios e ensinos das Santas Escrituras. Com efeito, ensinos e práticas por ele adotados opõem-se claramente à Palavra de Deus.

 

Destacamos, a propósito:  

a)     A ênfase na maldição hereditária, com esquecimento do teor geral da Bíblia, sobre o assunto;  

b)    a prática da chamada confissão positiva;  

c)     práticas de regressão psicológica;  

d)    ensino e a prática da chamada "nova unção";  

e)     prática do sopro espiritual;  

f)     ensino do batismo do Espírito Santo como "segunda bênção"; tendo línguas como evidência;  

g)    prática do segredo;  

h)     unção com óleo;  

i)      urros e palavras de ordem nos cultos.  

6. Exprobramos o orgulho espiritual, a forma não cristã de desprezar os que não aceitam a "visão" — como nominam — ou outros métodos ou modelos de "fazer igreja", fatos que temos comprovado em relatos do movimento e mensagens de alguns de seus dignitários.

 

NOSSA EXORTAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AOS PASTORES E ÀS IGREJAS

    No espírito de Jesus Cristo, e buscando a edificação, crescimento e a firmeza das igrejas e seus obreiros,

 1. Exortamos pastores e igrejas a cumprirem o que ordena Paulo aos tessalonicenses e a nós também:  "Examinai tudo; retende o bem". Mas que nunca venham a adotar com açodamento ou a pregar como definitivo e de valor absoluto, qualquer método, modelo ou programa de igreja que eventualmente tenham produzido frutos noutras culturas e noutros lugares. Por outro lado, cada método ou modelo deve ser examinado criticamente em seus fundamentos bíblicos, e antes de seus princípios serem experimentados ou aplicados, é mister haver conhecimento da realidade da igreja e da comunidade que ela se insere.

 2. Alertamos que nenhum método ou modelo tem legitimidade, para uma igreja verdadeiramente evangélica e batista se conflitar, em suas bases ou práticas, com as Escrituras em que cremos e a teologia e eclesiologia que adotamos.

 3. Proclamamos a necessidade de um avivamento, do quebrantamento do povo de Deus, de abandono do pecado, de compromisso Jesus Cristo. Por isso, conclamamos o púlpito de nossas igrejas a confrontar o pecado, a pregar o arrependimento, a convocar o povo de. Deus ao compromisso com a pureza, a santidade, a integridade e a fidelidade a Cristo em todas as áreas da vida pessoal, familiar e profissional.

 4. Recomendamos que nenhum modelo ou método seja adotado na igreja por imposição do pastor, e nem seja implementado e forçado um modelo que venha a produzir divisão, amargura e prejuízo à paz no Corpo de Cristo. Se é de Deus, a visão não será só do Pastor, mas há de ser comunicada à igreja como comunidade do povo de Deus.

 5. Finalmente, concitamos o povo de Deus a receber, examinar e praticar boas opções que existem para o crescimento das igrejas; a incorporar em seu programa práticas que se conformem com a doutrina, os princípios bíblicos e de nossa fé, que não prejudiquem nossa identidade batista, e se coadunem com a decência e a ordem que devem caracterizar o culto e a vida da igreja ( 1 Co 10.31; 14.40).

 Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2000

 

DIRETORIA DA CBB

Presidente: Fausto Aguiar de Vasconcelos;

1° vice-presidente: Norton Rikes Lages;

2° vice-presidente: Miquéas da Paz Barreto;

3ª vice-presidente: Ábia Saldanha Figueiredo;

1° secretário: Júlio de Oliveira Sanches;

2ª secretária: Mércia Neto Madeira e Silva;

3ª secretária: Lia dos Santos;

4° secretário: René Diné Lota.

 

DIRETORlA DA OPBB

Presidente: Aloísio Penido Bertho

1° vice-presidente: Edgar Barreto Antunes

2° vice-presidente: Sebastião Ferreira

3° vice-presidente: Gerson Luiz de Britto

1° secretário: Linaldo S. Guerra

2° secretário: Arlenio Alves Machado

3° secretário: Silvio Franco  

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Textos de auxílio à reflexão:

GT Doutrinas e Práticas Pentecostais                                                               

(Apresentado/Aprovado na 79ª CBB Goiânia 1998, Livro do Mensageiro. Págs.579-587)

GT Doutrinas e Práticas Pentecostais

Introdução:

Em atenção à decisão da 76ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira, que devolveu o assunto em epígrafe à reconsideração do GT, comparecemos a esse plenário para as seguintes considerações:

a. O GT fez uma releitura do parecer original, limita-se simplificar a redação para fazê-la mais prática e objetiva;

b. Quanto a introdução de textos bíblicos para embasamento das várias afirmações, contidas no parecer, entendemos que não poderíamos fazer nada melhor do que a Declaração Doutrinária da própria CBB apresenta;

c. A convicção do GT é que nosso problema está exatamente na ausência de uma interpretação da Declaração Doutrinária que defina a identidade batista;

d. Mesmo tendo esta compreensão, o GT não se furtou em atender a solicitação e, acrescentou às afirmações aos itens n° 2.3, 2.4 e seus sub-títulos, às referências bíblicas que entendeu mais apropriadas;

e. O movimento carismático no Brasil é objeto de preocupação, por parte de todos os segmentos religiosos, inclusive da igreja católica;

f. As igrejas batistas têm sido impactadas por esse movimento há vários anos. O momento porém, é de equilíbrio, sabedoria e amor para o tratamento desse tema a nível das igrejas locais, convenções estaduais, associações regionais e, especialmente, no âmbito do plenário da CBB;

g. Isso posto, o GT faz a seguinte exposição para finalmente formular o o seu parecer:

 

 I. O que é movimento carismático

 Em linhas rápidas, devemos voltar ao início deste século para fazermos dois registros:

 1) A chegada do chamado "culto protestante" ao Brasil deu-se antes do século XX. O Brasil recebeu missionários norte-americanos e imigrantes europeus que difundiram o culto evangélico em seu território;

 2) O movimento pentecostal tem sua origem fora do Brasil. Aqui chegou com alguns elementos, principalmente dos Estados Unidos, e tem a sua escalada bem nítida.

 1910 - O italiano Luiz Francescon, vindo dos Estados Unidos com uma experiência pentecostal, fundou a Congregação Cristã do Brasil, no Brás, em São Paulo, causando uma divisão na Igreja Presbiteriana daquele bairro.

 1911 - Dois suecos pentecostais, vindos de igrejas batistas dos Estados Unidos, lideraram um movimento pentecostal dentro da PIB de Belém. O grupo foi excluído e fundou a Primeira Igreja Assembléia de Deus em Belém, em junho de 1911.

 1951 - Surgiu a Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil (já existia nos Estados Unidos). Vários pastores pentecostais foram mobilizados numa Cruzada, entre eles, Manuel de Melo, que era da Assembléia de Deus.

 1955 - Manuel de Melo sai da Cruzada e funda o movimento O Brasil para Cristo.

 1970 - Surge a Igreja Pentecostal de Nova Vida, fundada pelo bispo Roberto McAlister, que esteve na Assembléia de Deus e no movimento O Brasil para Cristo.

 Outras - A Igreja Universal do Reino de Deus existe há menos de 20 anos, e já detém um grande número de adeptos, um patrimônio consistente, incluindo emissora de televisão, rádio e jornal.

 Dentro desse limite de tempo podem ser enquadradas: Casa da Bênção, Maranata, Deus é Amor, Cristo Vive e as atuais Comunidades de Fé.

 

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 II - Características de culto

1. Informalidade na liturgia;

 2. Estímulo à busca de uma experiência semelhante àquela descrita em Atos 2: falar línguas, revelação do Espírito, acontecimentos marcantes;

 3. Ênfase no poder do Espírito para curar, expulsar demônios, exorcizar, batizar os crentes capacitando-os para a realização da vontade de Deus;

 4. Uso do misticismo nas celebrações coletivas: unção com óleo, oração de fé, bênção de cura e proteção; imposição de mãos sobre carentes e oprimidos;

 5. A mensagem pregada é "revelação" do Espírito. Acontece na hora da fala. O pregador pode falar em línguas, ter visões e operar "sinais e prodígios”;

 6. Destaques em cultos públicos: dia de vigília de poder, batismo no Espírito, culto de libertação;

 7. Em alguns grupos, excessivos pedidos de dinheiro com promessas e ameaças sobre os participantes dos cultos (bênção ou maldição).

 

III - Os batistas e o movimento carismático

 Recomendamos a leitura do livro do Pr. José dos Reis Pereira, História dos Batistas no Brasil -1882-1982, onde há um tratamento coerente da questão doutrinária que provocou a exclusão de pastores e igrejas da Convenção Batista Brasileira em 1965. A Convenção Batista Nacional surgiu com o movimento renovacionista desse período.

 

IV - Os neo-pentecostais

É o nome dado às práticas pentecostais da atualidade, algumas que passaram a empregar tais novidades em suas igrejas.

1. Sopro do Espírito: o pregador dá um sopro à altura cabeça da pessoa e esta, quase sempre, cai no chão "cheia de poder";

2. Pastores que estão atirando objetos e peças do seu vestuário (paletós, gravatas, lenços) sobre as pessoas na hora da ministração espiritual. Quase sempre, estas pessoas vão ao chão "pelo poder do Espírito";

3. Culto tipo programa de auditório: o(s) dirigente(s) conduz(em) as pessoas como apresentador(es) de Programa de Auditório, passeando na platéia, dirigindo brados de guerra ensaiados, organizando gestos e manifestações específicas para a hora do louvor, da oração, da cura. .

4. Introdução de costumes estranhos à Bíblia e a Igreja Cristã: orar sobre as roupas de pessoas ausentes ao culto; orar sobre fotografias de enfermos; barganha de prosperidade por bênção de Deus; venda de elementos transformados em sagrados: água que cura, sabonete que purifica o corpo, mel poderoso e outros.

 

V - Liturgia e Doutrina                                                   

 Liturgia e doutrina constituem duas categorias diferentes e muito ignoradas pelos carismáticos.

 Liturgia: É serviço. A palavra grega em Romanos 12.1 é latreia (serviço), como culto. O culto é uma espécie de sacrifício, dedicação da vida, à semelhança do que faz o próprio Cristo. Logo, no centro da adoração cristã (Liturgia) está Jesus.

 Doutrina: É o fundamento da fé. Não existe base bíblica para o exercício de liturgia livre da doutrina e da reflexão teológica. Assim, "teologia é a maneira de falar sobre Deus a Deus mesmo..."

 Paulo, entretanto, foi mais sistemático ao empregar o termo latreia racional.

 Usa a palavra logike. O seu conceito é o seguinte: os cristãos devem apresentar os seus corpos num serviço lógico ou espiritual.

 Já disse alguém que a "religião é o coração de um mundo sem coração'. Mas o mundo tem coração e sentimentos. Os desvios da atualidade transformaram a religião numa prática sem coração e sem lógica. Há extremos, hoje, ou de exacerbação emocional e anti-intelectual, ou de exercício racional sem emoção.

 Segundo a revista Evolução, as bases pentecostais são: cura, exorcismo e propriedade. "Assim, a própria Bíblia não passa de um amuleto, manejado apenas nos atos de exorcismos e noutras cerimônias, como fonte de virtudes excepcionais, ao lado dos sacramentos. Também estes são interpretados segundo uma perspectiva utilitária" (p.14).

 

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VI - Existência e uso dos dons espirituais

 Os dons (carismas) são havidos como valores absolutos pelos pentecostais em todos os tempos. Uma leitura superficial e tendenciosa da Bíblia é feita pelos carismáticos para sustentar sua interpretação sobre esse assunto.

 A referência principal é I Coríntios 14.1, "Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais..." E só. Daí deste versículo é feita a lista dos dons, sendo que os principais são línguas e profecias (para a congregação); cura e visões (para os líderes).

 Os grandes líderes carismáticos da atualidade justificam suas experiências fantásticas de maneira muito livre, personalizada, sensacional, absolutizada. Eles são paradigmas para a comunidade. Exemplos: Paul Yonggi Cho, Kenneth Hagin, T. L. Osbom, John Avanzini, Benny Hinn Juam Benedetti, Claudio Anacoandia, Larry Lea. Normalmente, são pessoas portadoras de histórias dramáticas, energizadas pelo Espírito de forma "sui generis", possuidoras de todos os dons das listas do Novo Testamento, chefes de igrejas e grupos independentes e, atualmente, donos de recursos financeiros consideráveis, horários em Rádio e TV de influência internacional, muita literatura e muita polêmica em sua trajetória.

 

VII- Questões gerais                              

 a. Os movimentos carismáticos já venceram obstáculos que os grupos tradicionais ainda não conseguiram superar: a Igreja Universal promove "correntes" da prosperidade, da saúde, orações especiais para sanar problemas familiares, financeiros e outros; a Igreja Renascer em Cristo conquista a juventude de classe média com uma forte ênfase em ação social e na música denominada "Música Gospel". Além disso, as opções de atrativos dentro do ambiente dessas igrejas têm sido muitas: exploração de espaços para esportes, shows, programas de auditórios, vídeo e muita sociabilidade, além de pouca ênfase nas exigências éticas da fé cristã.

 b. O momento que o mundo atravessa é, em si mesmo, místico. É final de século e de mais um milênio. As grandes questões da história aconteceram a partir das influências momentâneas e o período em que vivemos é propício a muitas coisas e novidades.

 c. Os carismáticos têm propostas variadas de alcance de massas. Tanto estão nas camadas pobres do país quanto nas de classe média e na burguesia também.

Reconhecemos que, os grupos tradicionais, incluindo os Batistas, permanecem uniformes em termos de método e discurso, e pretendem atingir a todos de forma igual e encontram dificuldades de mudanças.

 d. O olhar crítico dos católicos e evangélicos tradicionais, quando posto sobre os carismáticos, é muita vez limitado e tendencioso. Normalmente fixa e destaca seus exageros, sensacionalismo e problemas éticos. Mas é bom lembrar que a história dos carismáticos não é composta somente desses problemas. ,

 e. Líderes batistas que aderiram aos movimentos carismáticos, normalmente, experimentam o isolamento. Primeiro, a nossa Declaração de Fé, embora tão objetiva, não é um instrumento constante do exercício do ministério batista. Segundo, não dispomos de elementos úteis que possam dar apoio ao ministério batista: A autonomia das igrejas locais é um obstáculo a uma abordagem denominacional em situações de divergências doutrinárias, especialmente se não houver nos estatutos indicações de tratamento, pela igreja e denominação, quanto aos problemas de doutrina, divisão, dissolução da igreja, etc.

 f. O papel dos Seminários na formação de lideres precisa ser analisado sob dois aspectos: 1) critérios acadêmicos atualizados, válidos, técnicos, de avaliação e desenvolvimento do preparo de líderes. Sabemos que os seminários não podem prever o futuro dos pastores em seus trabalhos, mas podem dar instrumentos de trabalho, cultura espiritual e acadêmica, intelectualidade, razão crítica e visão de mundo livre do misticismo barato e sem sentido. Isso é chamado de qualidade. Eis o papel dos seminários; 2) a responsabilidade das igrejas na hora de recomendar candidatos ao ministério. As igrejas devem receber orientação da denominação, através dos próprios seminários e com a ajuda dos pastores acerca do preparo adequado (observação, acompanhamento e decisão) das igrejas e do(s) candidato(s) até o momento de sua recomendação e, ao longo do curso, de sua permanência lá.

 

VIII - Uma igreja batista: definição e características

 A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente criadas, e feitas uma só debaixo do governo do soberano Deus. No sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço - Mt 18.17; At 5.11; At 20.17,28; 1Co 4.17.

 Características

 1. O indivíduo - Os batistas sempre reconheceram o valor do indivíduo, e este ocupa o centro do esforço evangelístico e missionário das igrejas. Gn 2.7; Sl 8.4-6; Ec 5.14; 1Tm 2.5.

 2. O culto - Apesar das tendências históricas dos homens na busca de novidades, algumas provocaram prejuízos enormes ao processo de redenção do mundo. Os batistas têm procurado estabelecer as diferenças entre: a) essência (aquilo que o culto realmente é); b) qualidade (que é vivência da adoração pessoal ou coletiva); c) práticas (que são as experiências ou realizações). Existem aspectos positivos, lógicos, saudáveis, bíblicos, necessários; e os aspectos negativos, que são o interesse deste trabalho.

 2.1. O culto deve ser coerente com a natureza de Deus. Sl 30.4; Sl 33.1-2

 2.2. Historicamente, os batistas sempre foram anti-rituais e contrários a qualquer espécie de misticismo.  

2.3. O culto é a comunhão com Deus. E isso envolve certos padrões, que não são invenção humana, mas princípios da sabedoria divina:  

2.3.1. Reverência - É a atitude de reconhecimento da grandeza de Deus e de Sua soberania. Sl 24; Mt 6.9;   Lv 19.30.  

2.3.2. Ordem - É a maneira como a liturgia se desenvolve. Ordem não é sinônimo de frieza, formalismo ou  ritual. 1Co 14.40.  

2.3.3. Confissão - Forma de expressão de arrependimento. Quando renunciamos ao pecado confessamos a  Cristo como Senhor. Sl 51.1-4; Sl 32.5-6; lJo 1.9: Tg 5.16.  

2.3.4. Oração - Meio de crescimento que aproxima o homem, ou grupo, de Deus, intensificando a comunhão.    Jr 33.3; Dn 9.20; Lc 18.1-8; 1Cr 7.14.  

2.3.5. Edificação - Pela meditação na Palavra de Deus. Mc 2.2; Jo 4.50; Jo 6.68; 1Ts 2.17.  

2.3.6. Louvor - É santidade e majestade de Deus. Hb 13.15; SI 67.3; Rm 12.1-2; Sl 69.34.  

2.3.7. Reconhecimento - Da autoridade divina, que se manifesta na atuação do Espírito Santo como consolador,  convencendo o homem do pecado, da justiça e do juízo.

 GT entende que essas ondas que, de quando em quando, invadem nossas igrejas procurando reeditar doutrinas próprias do pentecostalismo, como: adivinhações, sonhos, profecias, unção com óleo, oração no monte, línguas estranhas, sopro do Espírito e outras novidades, não fazem parte do corpo de ensinos ministrados pelos batistas. Nossa fé está fundamentada na clareza da doutrina bíblica e não nos relatos obscuros que dão margem à imaginação do homem. É por isso que cremos na Bíblia como Palavra de Deus, e que a Revelação de Deus na história se completou em Jesus Cristo (Hb 1.1-8; Jo 1; Col 1.12-23). Cremos no batismo no Espírito Santo no ato da conversão, na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo para salvação dos pecados por meio da fé; na liberalidade e responsabilidade do homem diante de Deus. Inúmeras outras afirmações poderiam ser adicionadas aqui, mas optamos por aquelas que julgamos ser as principais para uma igreja nortear o seu rumo, sob o princípio de que tudo deve ser feito "com decência e ordem" (lCor 14.40).  

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 2.4. Liturgia Bíblica - Entendimento substancial das igrejas batistas:

 Reconhecemos que não há um modelo, um só padrão de culto. E que a igreja batista não é detentora da única forma correta de cultuar. Mas entendemos que há princípios norteadores de adoração, expostos na Bíblia que são substanciais ao culto.

 2.4.1. Princípios norteadores da adoração.  

2.4.1.1. Amor e Devoção a Deus. Mt 22.37  

2.4.1.2. O louvor como forma de exaltar a Dignidade de Deus e a perfeição de Seu caráter. Sl. 46.10.  

2.4.1.3. Oração - Que é o meio de ouvir a voz de Deus na intimidade. Há orações de louvor, gratidão, de  confissão, de súplicas, e de intercessão. At 2.42.  

2.4.1.4. A Bíblia como autoridade em matéria de fé e prática. O VT é a Palavra de Deus através dos profetas e o  NT é a voz de Deus através dos apóstolos. IITm 3.16,17.  

2.4.1.5. A música como elemento forte, procura levar a pessoa ao coração de Deus. É adorar em Espírito e em  verdade. Jo 4.23,24.  

2.4.1.6. Celebração de batismos. At. 10.47,48.  

2.4.1.7. Celebração da Ceia do Senhor. ICo 10.23-26.  

2.4.1.8. Dedicação de vidas, dízimos e ofertas. Ml 3.10.  

2.4.1.9. Apelos de arrependimento. At 2.38.  

2.4.1.10. O exercício do sacerdócio individual (cada pessoa pode ir à presença Deus sem mediador, a não ser Jesus Cristo). Hb 10.19-25.

 2.4.2. Elementos que podem ou não ser usados nos cultos, mas não são essências e nem definidores de ortodoxia.  

2.4.2.1. Bater palmas em momento de cânticos. Sl 47.1.  

2.4.2.2. Determinadas expressões do vocabulário evangélico atual: Paz do Senhor. Glórias e Aleluias, etc. ICo 1.3.  

2.4.2.3. Levantar as mãos na hora de cânticos ou de oração. lTim 2.8.  

2.4.2.4. Jejum individual. Jn 2.5; Mt 6.16-18; Is 58.5-7; 2Co 6.5.  

2.4.2.5. Chamar pessoas à frente para oração.  

2.4.2.6. Orar em duplas, ou em grupo, dentro dos cultos públicos. Tg 5.16-17; Ef 6.18; 1Ts 5.17.  

2.4.2.7. Postura padrão para orar (de pé? de joelho? sentado?) Mt 6.5; At 20.36; Lc 22.46.  

2.4.3. Práticas que são contrárias ao culto cristão, à luz da Bíblia, e ao culto celebrado pelas igrejas batistas:  

2.4.3.1. Bater palmas para Jesus. A Bíblia recomenda adorá-lo! Mt 28.17.  

2.4.3.2. Declarações de caráter autoritário, estranhas à Bíblia. Ex. Amarrar Satanás. A Bíblia recomenda resistir. Ef 6.18. 2.4.3.3. Classificação dos "espíritos":  espírito de maldição; espírito de morte, espírito de mentira, espírito de enfermidade.  

2.4.3.4. Adivinhações. Lv 19.31; 20.6; At 16.16-18.  

2.4.3.5. Revelações isoladas (o nosso entendimento é que a revela já se completou) na Bíblia. Jo 1.17; Ap 22.18.  

2.4.3.6. Unção com óleo como elemento de fé.  

2.4.3.7. Orar no monte como se monte fosse um lugar especial.  

2.4.3.8. Jejum como meio de obtenção de graça ou de crescimento espiritual. Is 58.5-7.  

2.4.3.9. Falar em "línguas estranhas". 1Co 14.2,4,5. O falar em  línguas é, no ensino de Paulo, do interesse de uma pessoa; a edificação é interesse da igreja.

 

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IX - Parecer do GT

1. Que as igrejas da CBB estudem mais eclesiologia e reflitam mais sobre a teologia dos princípios batistas;

 2. Que os pastores e igrejas da CBB recebam da Convenção um apelo a que realizem as mais variadas formas de estudos e atividades sobre a razão de ser da igreja, sua missão histórica, os avivamentos à luz da história, igreja local e responsabilidade social e muitos outros temas;

 3. Que reconheçamos as diferenças existentes entre as Igrejas Batistas chamadas tradicionais, isto é, que apresentam liturgia, costumes e doutrinas bíblicas e que aceitam a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, e as que estão em fase de renovação carismática, apresentado divergências entre o culto e a prática;

 4. Que essas diferenças sejam avaliadas, à luz dos testemunhos de membros dessas igrejas e de abordagens feitas aos pastores das igrejas, a partir de critérios bem definidos: base litúrgica, teologia, fundamentos hermenêuticos;

 5. Que a CBB faça apelo às Ordens de Pastores dos estados brasileiros a que façam promoções contidas no item 2, e que estejam atuando junto aos pastores envolvidos com o movimento carismático, ouvindo-os e dando oportunidades de expressão a esses pastores;

 6. Que o princípio de autonomia da igreja local seja respeitado, mas que a CBB tome posição frente às igrejas que se caracterizam por desvios doutrinários e que não agem de acordo com a teologia e eclesiologia das igrejas ligadas à Convenção;

 7. Que os casos não sejam tratados em termos gerais, mas que cada um seja considerado em suas particularidades;

 8. Que os seminários, tanto da CBB, como das convenções estaduais, apresentem programa de preparo específico e constante dos seus alunos nesta área, envolvendo as próprias juntas, seus reitores, corpo docente, objetivando preparar os alunos para que saiam dos seminários conscientes sobre as diferenças marcantes entre avivamento espiritual e práticas pentecostais e exóticas;

a) O GT entende que a proliferação de seminários no Brasil é forte contribuinte para a divulgação de doutrinas e conceitos carismáticos.

b) As igrejas devem preparar melhor os candidatos, verificando sua vocação e maturidade.

c) Os professores hão de ser integrados, o máximo possível, na obra denominacional.

d) Considerando a importância do Ministério Pastoral para o resguardo da identidade denominacional, que se recomende às igrejas que só promovam ordenações de candidatos que, primeiramente, tenham estagiado junto a pastores experientes e integrados na denominação.

e) Que assuntos de ordem doutrinária da denominação sejam tratados a nível da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e das Ordens estaduais.

 9. Que sejam planejadas e executadas, de cinco em cinco anos, grandes campanhas nacionais de evangelização e despertamento, com congressos, programas de conferências intensivas e simultâneas de evangelização, clínicas de preparação de igrejas para as várias ações estratégicas, desde a capacitação das igrejas para o momento da semeadura até a integração dos resultados;

 10. Que seja nomeada uma comissão de juristas para elaborar um plano de garantia e segurança do patrimônio das igrejas, formas adequadas de registro e ação no sentido de retomada do mesmo em caso de desvios doutrinários;

 11. Que declaremos nesta Assembléia que somos uma denominação que crê na Bíblia, na autoridade de Jesus, na majestade de Deus, na atuação do Espírito Santo, na investida missionária, na justiça social, no avivamento que vem do céu, que produz unidade, paz, respeito público, arrependimento e conversões.

 

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1995.

Pr. Belardin de Amorim Pimentel – Relator   Pr. Ebenezer Soares Ferreira;  Pr. Aloízio Penido Bertho;   Pr. Irland Pereira de Azevedo;   Pr. Ader Alves de Assis;   Pr. Júlio de Oliveira Sanches;   Pr:.João Ferreira Santos;   Pr. Washington Rodrigues Souza Ferreira;   Pr. Darci Duzilek.

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PARECER COMPLEMENTAR:

1. Lendo as atas da 77 Assembléia de Natal, a constatação é da aprovação do parecer oferecido naquela ocasião, às páginas 491 a 497 do livro do mensageiro.  

2. Correção há de ser feita ao texto da ata da 2' sessão, 19.01.96, onde foi registrada a seguinte declaração: "Que se estimule a busca de uma experiência marcada por falas em línguas, revelação do Espírito, acontecimentos marcantes". O item 2.2. tem a seguinte redação: "Historicamente, os batistas sempre foram anti-ritualistas contrários a qualquer espécie de misticismo".  

3. Quanto a comissão de Juristas sugerida no parecer do GT, nossa compreensão é de que a própria, mesa da Assembléia há de indicá-la e os assuntos sobre os quais deve opinar, estão ligados . patrimônio e áreas congêneres.  

4. Quanto às decisões da 76' Assembléia de São Luiz, à página 75 do livro do mensageiro entendemos que devem ser incorporadas ao texto do parecer original.

4.1. "Que esta Convenção proclame que os Batistas brasileiros desejam o avivamento verdadeiro bíblico, profundo e fiel a Cristo e que resulte na conversão e integração bíblica de milhões de brasileiros que vivam santamente e proclamem Cristo poderosamente".

4.2. "Que as igrejas sejam incentivadas a buscarem, pela oração e pela profundidade bíblica, o verdadeiro avivamento".

4.3. "Que as entidades e juntas da CBB estudem criteriosamente os seus métodos, materiais didáticos produzidos e comercializados, a fim de evitarem promoção do falso avivamento e que ao mesmo tempo, promovam vida cristã profunda e oração, visando ajudar as igrejas a alcançarem o verdadeiro avivamento espiritual".  

5. Quando ao de n° 4 da mesma página: "Que a Declaração de Fé e Doutrinária da CBB seja objeto de uma revisão, visando esclarecer melhor os assuntos em evidência no momento, quanto aos movimentos carismáticos". Entendemos que essa revisão já tem sido feita há pouco tempo. Nesse sentido a sugestão do GT é que a CBB determine a elaboração de um trabalho mais completo, em forma de livro. Para comentários teológico interpretativo dos capítulos e artigos da Declaração Doutrinária.

6. Quanto a forma final do texto do parecer, entendemos que esse trabalho deva ser feito em forma literária por alguém que o Conselho determine. Informamos, porém, que o Pr. Washington Rodrigues de Souza Ferreira, um membro do GT, estará disposto a realizar essa tarefa.

Rio de Janeiro, 29 novembro de 1996,

Pelo GT,

Pr. Belardim de Amorim Pimentel - Relator

 

 

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J    

A vida é bendita quando é dirigida pelo  Espírito Santo, com amor, alegria e paz, paciência, afetividade e bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio! (Gálatas 5.22-23).

Quem ou o que está dirigindo o seu ser (viver)? 

Creia, experimente o Senhor Jesus como Único, Suficiente e Eterno Salvador!   

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CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA PARA TODO SER.

QUE PODERIA SER MELHOR QUE ISSO?

 

  

O melhor em ser crente é pertencer e permanecer unido ao SENHOR Jesus Cristo! (cf. João 15)

 

 

 

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