Servo de Deus pois a Causa de ser e o Meio de viver É CRISTO em Nós a Esperança da Glória! 

 

... &

 

“...saibas como se deve proceder na casa de Deus,       

a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.” 

( 1ª Timóteo 3.15)

 

 

INICIAL

 

Batistas? Qual será a sua identidade daqui há 20 anos? 

(Texto publicado em O Jornal Batista, em 23 de março de 2008, pág. 14)

            Estou buscando, mas é cada vez mais preocupante entender o que está acontecendo com a identidade batista! Tem igreja com “DNA” batista, mas com aparência de DNA não-batista!   Quando acompanho através da Internet - a Rádio Batista - o culto da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, percebo o quanto a nossa identidade histórica, está longe de ser uma identidade comum e territorial.   Parte das igrejas batistas está abandonando nossas características e se conformando ao modelo de outras denominações.  O que está acontecendo? Onde tudo isso irá nos levar? Batistas há mais de uma centena de denominações no mundo! Mas e a nossa denominação (CBB) que identidade tem agora? Qual identidade terá? Será que estamos passando por uma regressão ao estágio adolescente de crise moratória de identidade, em busca de uma identidade ainda não formada? Por que não agimos/reagimos para manter a nossa identidade? Estamos sem direção? Será porque por um lado temos uma liderança “queimada” e rejeitada por força deste movimento estranho; e por outro lado, o surgimento de liderança nova e sem raízes? 

            Não que eu esteja fazendo apologia de “batistão”, longe disto, nunca fui “batistão” o que seria também uma deformação de nossa identidade. Mas a tal propalada unidade na diversidade é só discurso! O que querem líderes, com exceção de poucos, é unidade na uniformidade! Se uma igreja batista, não bate palmas no canto de cânticos não é espiritual, é tradicional, é ultrapassada, é velha... e se diz o mesmo, se não tem dança, se usa o cantor cristão, se usa o novo Hinário dos Batistas (Hinário para o Culto Cristão que além de hinos incluiu cânticos), Então, está contra a “realidade” contextual e contemporânea... 

            Sofri historicamente conseqüências desta triste luta. Sou, pela graça de Deus, integrante da terceira geração de batistas na família Melechco. Recém nascido fui apresentado ao SENHOR na Igreja Batista Ebenézer-SP/SP (1959), cresci na Igreja Batista Russa da Paz (depois denominada Igreja Batista da Paz, em Vila Alpina-SP/SP). Posteriormente (1980) assumi a chamada ao Ministério quando estava membro da Primeira Igreja Batista de Campo Grande-MS, e ovelha do Pr. Jonathan de Oliveira. Na minha formação batista, fui influenciado tanto pela formação européia como pela formação norte-americana. Fui Reitor de um Seminário Batista por 7 anos. Concluí que o equilíbrio é o que mais satisfaz. Na Igreja da Paz, nós (jovens- década de 1970) cantávamos cânticos: com palmas, bateria, guitarra, contra-baixo, etc... Havia ordem e decência no culto: corais, orquestra (que saudade!) regida pelo irmão “Zé” Belan... com hinos, cantatas, solistas, dramatizações, poesias... até que um novel pastor desencaminhou a igreja, e o templo acabou foi vendido para a Igreja Assembléia de Deus... Guardo boa lembrança de uma história interrompida... um patrimônio que foi vendido... as centenas de pregos que martelei nos tacos que foram fixados no piso daquele belo templo, acho que ainda estão lá... mas os batistas por onde estão?

            Atualmente vejo líderes/grupos viajando pelo Brasil e ao exterior, para aprender como liderar, pregar, cultuar... como ser igreja... Um jovem pastor batista disse que: “devemos aprender com os pentecostais!” Parece que alguns estão aprendendo “bem”, pois imitam igualzinho até a entonação da voz, a pausa da respiração, e o suspiro “choroso-emotivo” d(o, a) fulan(o, a) famos(o, a) que move a moda “gospel” na crista da última onda... 

            Não sou contra os diferentes grupos evangélicos. Respeito cada família evangélica, modelos novos, denominações que mudaram algum paradigma; mas não posso aceitar distorções ou heresias doutrinárias erroneamente chamadas de cristãs. Como expressou o teólogo John Stott, citado por Samuel R. Pinheiro, devemos trabalhar em missões “pela união e a evangelização, isto é, procurando de um lado unir igrejas e, de outro, levar pecadores a Cristo.” E lembra que Jesus “orou pela união do seu povo. Ele também orou que fossem guardados do mal e na verdade.” E logo destaca que nesta busca, porém, “Não temos nenhuma ordem de Cristo para buscarmos a união sem a pureza, pureza de doutrina e de conduta. Havendo uma coisa tal como a ‘união barata’, também há a ‘evangelização barata’, isto é, a proclamação do evangelho sem o custo do discipulado, a exigência da fé sem o arrependimento. São atalhos proibidos. Transformam o evangelista em um fraudulento. Degradam o evangelho e prejudicam a causa de Cristo.”   Aceito que o pacto de Lausanne nos apresenta a identificação de uma igreja genuinamente evangélica. Mas ecumenismo é tão mal se for católico ou evangélico... Uniformizar, não!! Isto não é bom, não é saudável... vejo irmãos e irmãs tristes, machucados por todo lugar; especialmente os que com muito sacrifício cristão lutaram a custo de sangue, suor e lágrimas... para que a denominação chegasse até aqui, com uma forte identidade que manteve a união (ou como era?). Mas, parece que para muitos isto não tem valor. Desprezam, humilham, rebelam-se em nome do novo a qualquer custo. Só quem bate palmas, pula-pula, gesticula, grita, etc... é espiritual! Agora espiritualidade só com “Banda” Gospel... Pastores novos, com exceções, sem ética e sem ética cristã trabalham para fazer sua igreja crescer, sem limites, sem observar os princípios batistas, sem respeitar os colegas da mesma denominação, na mesma cidade e às vezes vizinhos de bairro. 

            Perguntei no Encontro de Executivos da CBB em Caldas Novas-GO ao saudoso pastor Éber Vasconcelos: por que acontecia isto com a nossa denominação. Ele me respondeu que o ingresso de crentes novos nos seminários batistas, sem experiência na doutrina (ou seja, crentes neófitos), e também, o intercâmbio promovido pelas mais diferentes Associações ou Instituições de treinamento de líderes em Congressos e Cursos (inter-denominacionais), favoreciam esta grande mudança no estilo de liderança batista no Brasil. Os seminários têm culpa também. Há uma multiplicação de seminários... se observa a influência destes na perda de identidade: há Seminário que não sabe mais como cantar hinos, ou para que eles servem, não valorizam a identidade e a história. Alguns novatos, sem tradição na denominação já galgaram a cadeiras de teologia e cargos denominacionais, e estão fazendo suas inovadoras experiências nas igrejas, ai, ai... 

            Nosso Brasil canta seu hino nacional na copa do mundo, e com muita emoção e entusiasmo. O torcedor do time local sabe seu hino. O soldado canta seus hinos militares, etc... Hinos são para se cantar de cor, sem letra projetada. São didáticos (veja os 150 Salmos na Bíblia) ensinam as novas gerações a história sacra, iluminada e gloriosa da Noiva de Cristo ao longo dos Séculos. Agora, canta-se cânticos passageiros, que se não forem projetados na tela, não serão cantados, pois muitos são descartáveis, enjoativos e alguns um atentado a decência litúrgica e teológica. O Novo testamento manda se encher do Espírito e incluí que o culto seja completo (equilibrado) com: “salmos, hinos e cânticos espirituais” (Efésios 5.19) entre outras partes litúrgicas. Deixar de observar princípios bíblicos alegando que o que importa não é doutrina, mas é agradar a Jesus! Isto me lembra um artigo do Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, em O Jornal Batista, no qual ele comentava os exageros nos períodos de louvor, perguntando, mas que Jesus é esse sem doutrina?

            Qual é o perigo disto? A tristeza que experimentou Davi, ao tentar na primeira vez levar a Arca da Aliança para sua cidade, ainda que o fez com muita sinceridade: música, dança e louvor. Mas ele estava transgredindo mandamentos (a tradição) no que era mais importante - ele estava desprezando - pois a Arca era conduzida sobre um carro, no lugar de ser carregada sobre os ombros levitas, o que provocou a morte de Uzá (cf. II Samuel 6; I Crônicas 15). 

            Deus manda a igreja ser fiel até a morte. Deus é fiel, porém, ele requer que o crente seja fiel, conservando os mandamentos eternos até o fim (Ap 2.10). Em 25 março de 2005 o Pr. Nilson Dimarzio ao escrever: “Eu gosto de música, porém” (Jornal Batista), indicou a preocupação de que a música vem substituindo a pregação da sã doutrina. Ele relatou que em uma igreja que se desviava das doutrinas batistas alguém comentou com outro crente que: “Ontem o Culto em nossa igreja foi tão bom que não houve tempo para a pregação”. 
Isaltino, em outro artigo “Pensando sobre a igreja” lembra que em nosso tempo, “As pessoas não vão à igreja para aprender sobre Deus e ouvir Deus. Vão para externar suas emoções(...) pregação deve ser para as pessoas se sentirem bem.” Ele faz citação de A Igreja de Cristo, (Luiz Sayão - JUERP). Em que diz: "A tendência atual é aceitar o evangelho de modo superficial, como mais uma ajuda espiritual. Nunca houve tantas conversões evangélicas; mas nunca foram tão superficiais. Hoje, mais do que nunca é preciso deixar claro que ser cristão significa mudança de vida definida".(O Jornal Batista, 6.fev.2004) Em lugar de ser a igreja Casa de Deus, vem se transformado em casa dos homens: lugar só para conforto e bem-estar, um lugar para ajudar superficialmente na vida. 

            Quem conserva a sã doutrina evita a decadência e deterioração; opõe-se a reformas prejudiciais e equivocadas, preserva com fidelidade o bom depósito. Devemos aprender com a Bíblia! Igrejas tradicionais são aquelas que conservam a sã doutrina. Conservando a Paz de Deus: “Tu conservarás em Paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” (Is 26.3). Conservando o Evangelho: “Ora, eu vos lembro, irmãos, o Evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes e no qual perseverais, pelo qual também sois salvos, Se é que o conservais tal qual vo-lo anunciei; se é que não crestes em vão” (1 Co 15.1,2). Conservando as Tradições: “Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. E o próprio Senhor nosso, Jesus Cristo, e Deus nosso Pai que nos amou e pela graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança, console os vossos corações e os confirme em toda boa obra e palavra.” (2 Ts 2.15-17). Conservando a pureza: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (1 Tm 5.22). Conservando o modelo das sãs palavras: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus; guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós.” (2 Tm 1.13,14). Conservados por Deus: “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, e ele também o fará.” (1 Ts 5.23,24) 

E agora? Batistas mudando identidade até quando?

Walter Meleschco Carvalho
Pastor Igreja Batista desde 1985
wmc@waltermcarvalho.pro.br

(66) 9.9691-1400

Msn: pr.waltermcarvalho@outlook.com
Skype: pr.waltermcarvalho

 

               A Nosso Deus Todo Poderoso - El Shaddai   –   louvemos!     porque é para Ele que vivemos e existimos,      glória pois a Ele eternamente! Amém. Andai nEle  (I_João_2.6)

 

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A CBB e o  Movimento G-12. 

(Publicado em O Jornal Batista, 30 de outubro de 2000)

 

PREÂMBULO.

 A Diretoria da Convenção Batista Brasileira, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e os Secretários Executivos das Convenções Batistas dos Estados da Federação, vêm participando dos debates e acompanhando com interesse as experiências com relação ao chamado Movimento G 12, ou Igrejas em Células, ou Modelo dos Doze. E neste momento da vida denominacional entendem necessário fazer pronunciamento a seguir, visando à saúde doutrinária e à unidade das igrejas, à sustentação dos princípios bíblicos e teológicos que informam nossas doutrinas e práticas, à eficácia de nosso testemunho nesta virada de século e milênio e, sobretudo, à glória de Deus.

 

NOSSAS CONVICÇÕES

 Como preliminar à nossa avaliação e posição sobre o Gl2, é mister recordar e afirmar algumas de nossas convicções:

1. Cremos nas Escrituras Sagradas, e canônicas, compostas de Antigo e Novo Testamento, como registro fiel da revelação de Deus, e como única regra de fé e conduta, para o crente e para a igreja de Jesus Cristo, no mundo.

 2. Cremos que a Bíblia deve ser interpretada por firmes princípios hermenêuticos, dos quais ressaltamos o de que a Bíblia deve ser interpretada pela Bíblia, o texto, pelo contexto, mas sempre à luz da Pessoa e dos Ensinos de Jesus Cristo.

 3. Cremos no Deus trino, Pai, Filho e Espírito Santo, cujas obras contemplamos na Criação e na História e que se revela de maneira gradual e progressiva, nas Escrituras e, plenamente, na pessoa de Jesus Cristo, Verbo encarnado.

 4. Cremos na Igreja como entidade temporal e atemporal, fundada por Jesus Cristo e que tem por missão a redenção dos homens e o fazer discípulos em todas as nações, a formar uma nova criação, a humanidade deuteroadâmica.

 5. Cremos na suficiência de Jesus Cristo como Senhor E Salvador, e na eterna salvação dos que nele crêem. Cremos que no ato de sua fé em Cristo, o novo crente recebe o Espírito Santo como penhor da herança eterna, iniciando-se, então, o processo da santificação cujo alvo é tornar o crente semelhante a Cristo.

 6. Cremos, como cristãos, evangélicos e batistas, que a revelação chegou à plenitude em Jesus Cristo e que toda alegação de novas revelações e novas verdades, por sonhos, visões e outros meios, deve ser cotejada com as Escrituras, corretamente interpretadas.

 7. Cremos que a igreja do Novo Testamento, especialmente a de que dá conta o livro de Atos, constitui modelo para as igrejas de nossos dias, já no compromisso com a proclamação, a adoração, a comunhão, a edificação e o serviço; já em seu funcionamento pendular, no templo e na: casas, a promover o reino de Deus.

 8. Cremos serem permanentes de valor universal e transcultural (a valer, portanto, em todas as culturas), os princípios bíblicos de organização, vida, ministério, proclamação e serviço da igreja, porém os métodos e modelos de sua atuação podem e devem variar, de acordo com a sociedade e a cultura em que a igreja se insere desenvolve a sua missão.

 9. Cremos, como biblicamente fundados, os princípios do sacerdócio universal dos crentes, de livre exame da Bíblia e, portanto, de livre acesso a Deus, por meio de Jesus Cristo. Por isso rejeitamos o sacerdotalismo, o sacramentalismo e o ritualismo, qualquer tipo de hierarquia na esfera espiritual e eclesiástica, e a pretensão humana de interpor-se entre o crente e Deus.

 10. Cremos, outrossim, no princípio de autonomia da igreja local e de seu governo congregacional, sob a liderança de Jesus Cristo, seu único Cabeça.

 11. Cremos, à luz de Efésios 4.11, que o Senhor provê pastores/mestres para Suas igrejas, a eles incumbindo pregar e ensinar a Palavra; sem mescla de erro, sem distorções, com fidelidade, dedicação, simplicidade e clareza (2Tm 4.2-4).

 

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NOSSA PERCEPÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G 12

 Percebemos, pela leitura dos escritos do originador do Movimento e de seus discípulos em nosso país, algumas características que ou elementos que o fazem contrastar e chocar-se com a posição batista que acabamos de descrever no formular de nossas convicções. Vejamos algumas:  

·       Perfil neopentecostal e neocarismático, com ênfase na experiência pessoal e mística, em detrimento da Palavra escrita.  

·       Misticismo em todas as áreas da vida e do funcionamento do programa.  

·        “Marketing religioso” que até entendeu de eliminar da igreja nascente o próprio nome evangélico, ou cristão.  

·       Visão empresarial da igreja.  

·       Forma episcopal de governo da igreja, e de pirâmide hierárquica centralizadora de poder.  

·       A pretensão de terem a última palavra da revelação de Deus para a igreja do século 21.  

·       Desprezo aos valores estéticos e à riqueza teológica da hinódia cristã, formada ao longo dos séculos.  

·       Sacralização do número 12, como se fora paradigma para o novo modelo de grupos.  

·       Pretensão de santificação instantânea, obtenção e liberação do poder como resultado do Encontro proposto como condição fundamental para a habilitação dos discipuladores.  

·       Crescimento numérico, como único critério de legitimidade bíblica e evangelicidade, em detrimento da clareza e de formulação de sólidas bases teológicas.  

·       Ênfase na salvação temporal.  

·       Evangelismo de resultados e não de compromisso com a verdade que conta pragmaticamente o número.

·       Construção do movimento sobre uma experiência pessoal de visão de um líder.  

·       Ênfase demasiada nos métodos, na estrutura programática que há de ser seguida à risca, quando sabemos que Deus não unge métodos, mas pessoas.  

·       Participação (no Encontro) como fonte única de autoridade crítica.  

·       Emoção humana, como evidência incontestável da presença do Espírito Santo.  

·       Evidências de manipulação psicológica e espiritual, especialmente, no Encontro, que é parte essencial do Movimento G 12, não restando aos dele participantes as condições e o tempo necessários à reflexão crítica, à atitude bereana.

 

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NOSSA POSIÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G 12

 À luz das convicções que explicitamos, do exame criterioso e objetivo de testemunhos, relatórios, pronunciamentos e documentos de líderes evangélicos em geral e batistas, em particular, e das características que acabamos de assinalar chegamos à seguinte posição:

 1. Não julgamos o espírito ou as intenções dos fundadores e pais do Movimento, mas nos atemos aos fatos e escritos a que tivemos acesso.

 2. Reconhecemos que ao longo dos séculos, e especialmente no nosso, têm surgido propostas, modelos e métodos de "fazer igreja" e de evangelizar ou “fazer missões”, alguns com a pretensão de serem a "última revelação" a "última palavra", "o método perfeito", todos têm sido marcados pe a temporalidade e impermanência. Afinal de contas, os métodos variam, e não são eles que contam, mas a pessoa humana. Diz, com propriedade, um autor estrangeiro, que "o homem é o método de Deus".

 3. O G5, o G12, as "koinonias", os "grupos de ECO", os NEBS (núcleos de estudo bíblico nos lares) constituem todos modelos humanos, e têm o propósito (ou devem ter), de promover a eficaz atuação da igreja no mundo. Mas nenhum deles pode arrogar-se o "status" de revelação final ou método perfeito; todos esses modelos são marcados pela falibilidade humana. Quanto ao número 12, por exemplo, não há registro bíblico de que cada apóstolo tenha preparado doze discípulos, e estimulado estes a discipular mais doze.

    Nem há registro de as igrejas dos primeiros séculos da história cristã haverem criado grupos de 12, ou de qualquer outro número fixo e definitivo.

    Reuniam-se nos lares, sim. Mas sem definição de um número fixo de pessoas, ou pretensão de outra homogeneidade que não a da fé, do grupo eclesial que se reunia.

 4. É verdade que nossas igrejas, para cumprirem efetivamente o mandato recebido do Senhor, de "fazer discípulos de todas as nações", precisam de extroverter-se, conforme a igreja de Jerusalém. Lá os crentes reuniam-se "no templo e de casa em casa". É mister adotar estruturas leves e simples, mediante pequenos grupos nos lares. Isso, entretanto, sem perder de vista a unidade e a integridade da igreja. Para tanto os grupos nos lares, ou células familiares, seja qual for o nome adotado,  

a)     devem ser dirigidos por pessoas com capacidade espiritual, moral e intelectual;  

b)    os líderes devem ser bem preparados pelos pastores;  

c)     os líderes devem ser orientados a conduzir estudos sobre os mesmos temas, a comunicar as mesmas doutrinas, a conduzir o povo de Deus à firmeza na fé, à comunhão, à santidade e ao serviço;  

d)    os líderes dos grupos ou das células devem formar discípulos maduros não vindo a torná-los, à moda de gurus, dependentes e inaptos a buscar por si próprios a direção de Deus em Sua Palavra.  

5. Rejeitamos o Movimento G12 quanto ao modelo e conteúdo dos Encontros alvitrados em sua filosofia (Pré-Encontro, Encontro e Pós-Encontro), pois seus métodos e procedimentos vêm ao arrepio dos princípios e ensinos das Santas Escrituras. Com efeito, ensinos e práticas por ele adotados opõem-se claramente à Palavra de Deus.

 

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Destacamos, a propósito:  

a)     A ênfase na maldição hereditária, com esquecimento do teor geral da Bíblia, sobre o assunto;  

b)    a prática da chamada confissão positiva;  

c)     práticas de regressão psicológica;  

d)    ensino e a prática da chamada "nova unção";  

e)     prática do sopro espiritual;  

f)     ensino do batismo do Espírito Santo como "segunda bênção"; tendo línguas como evidência;  

g)    prática do segredo;  

h)     unção com óleo;  

i)      urros e palavras de ordem nos cultos.  

6. Exprobramos o orgulho espiritual, a forma não cristã de desprezar os que não aceitam a "visão" — como nominam — ou outros métodos ou modelos de "fazer igreja", fatos que temos comprovado em relatos do movimento e mensagens de alguns de seus dignitários.

 

NOSSA EXORTAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AOS PASTORES E ÀS IGREJAS

    No espírito de Jesus Cristo, e buscando a edificação, crescimento e a firmeza das igrejas e seus obreiros,

 1. Exortamos pastores e igrejas a cumprirem o que ordena Paulo aos tessalonicenses e a nós também:  "Examinai tudo; retende o bem". Mas que nunca venham a adotar com açodamento ou a pregar como definitivo e de valor absoluto, qualquer método, modelo ou programa de igreja que eventualmente tenham produzido frutos noutras culturas e noutros lugares. Por outro lado, cada método ou modelo deve ser examinado criticamente em seus fundamentos bíblicos, e antes de seus princípios serem experimentados ou aplicados, é mister haver conhecimento da realidade da igreja e da comunidade que ela se insere.

 2. Alertamos que nenhum método ou modelo tem legitimidade, para uma igreja verdadeiramente evangélica e batista se conflitar, em suas bases ou práticas, com as Escrituras em que cremos e a teologia e eclesiologia que adotamos.

 3. Proclamamos a necessidade de um avivamento, do quebrantamento do povo de Deus, de abandono do pecado, de compromisso Jesus Cristo. Por isso, conclamamos o púlpito de nossas igrejas a confrontar o pecado, a pregar o arrependimento, a convocar o povo de. Deus ao compromisso com a pureza, a santidade, a integridade e a fidelidade a Cristo em todas as áreas da vida pessoal, familiar e profissional.

 4. Recomendamos que nenhum modelo ou método seja adotado na igreja por imposição do pastor, e nem seja implementado e forçado um modelo que venha a produzir divisão, amargura e prejuízo à paz no Corpo de Cristo. Se é de Deus, a visão não será só do Pastor, mas há de ser comunicada à igreja como comunidade do povo de Deus.

 5. Finalmente, concitamos o povo de Deus a receber, examinar e praticar boas opções que existem para o crescimento das igrejas; a incorporar em seu programa práticas que se conformem com a doutrina, os princípios bíblicos e de nossa fé, que não prejudiquem nossa identidade batista, e se coadunem com a decência e a ordem que devem caracterizar o culto e a vida da igreja ( 1 Co 10.31; 14.40).

 Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2000

 

DIRETORIA DA CBB

Presidente: Fausto Aguiar de Vasconcelos;

1° vice-presidente: Norton Rikes Lages;

2° vice-presidente: Miquéas da Paz Barreto;

3ª vice-presidente: Ábia Saldanha Figueiredo;

1° secretário: Júlio de Oliveira Sanches;

2ª secretária: Mércia Neto Madeira e Silva;

3ª secretária: Lia dos Santos;

4° secretário: René Diné Lota.

 

DIRETORlA DA OPBB

Presidente: Aloísio Penido Bertho

1° vice-presidente: Edgar Barreto Antunes

2° vice-presidente: Sebastião Ferreira

3° vice-presidente: Gerson Luiz de Britto

1° secretário: Linaldo S. Guerra

2° secretário: Arlenio Alves Machado

3° secretário: Silvio Franco

 

 

 

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RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DO CONSELHO GERAL DA CBESP PARA PRESTAR PARECER SOBRE O MODELO DE DISCIPULADO APOSTÓLICO - MDA

O Conselho Geral da CBESP nomeou esse Grupo de Trabalho constituído dos Pastores Ely Xavier de Barros, Carlos Water Marques da Silva, Antonio Lazarini Neto, Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez e Marcelo Gomes Longo, para apresentar um parecer sobre o Modelo de Discipulado Apostólico – MDA, adotado por algumas Igrejas Batistas e combatido por outras dentro da denominação.

O GT apresenta a esse Conselho Geral o seguinte parecer:

1) Considerações Preliminares:

A CBESP em sua eclesiologia não elegeu, nem elege nenhum modelo de gestão eclesiástica às igrejas do seu rol de cooperantes. A multiforme graça de Deus se manifesta diversamente. Os ministérios são diferentes, e nenhum deve ser apresentado, por si só, como apropriado ou não a uma igreja específica assim como não os classifica como superior ou inferior uns aos outros.

Historicamente, igrejas e pastores batistas da CBB reconhecem como autoridade suprema sobre si o Senhor Jesus Cristo e as Escrituras Sagradas como nossa única regra de fé e prática, não se submetendo a nenhum líder ou modelos que não estejam em sintonia com os princípios eternos da Palavra de Deus.

2) Considerações sobre o Modelo de Discipulado Apostólico – MDA

É um Modelo de crescimento de Igrejas criado a partir de outros modelos já existentes, como G12; M12; G5, grupos de interesse, entre outros.

Definição do Modelo: "Na visão MDA, é possível a Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar bem de cada cristão – é o modelo de discipulado um a um em ação" (M.D.A. = Modelo de Discipulado Apostólico).

A principal forma de atuação é através de células ou pequenos grupos. É considerado micro célula a dupla de discipulado um a um. Ou seja, um discipulador e um discípulo.

Buscam usar toda e qualquer forma de evangelismo visando ganhar pessoas para CRISTO.

Possuem várias ferramentas de formação de líderes, inclusive com pré-encontros, encontros e pós-encontros conhecidos como Face a Face, formato este tirado do G12 e M12.

Além do material que usam para o treinamento, sugerem leituras de livros de autores como David Yonggi Cho, Kenneth Hagin, Watchman Nee, Benny Hinn entre outros da confiança deles. Por esta sugestão de livros já se denota a linha teológica neopentecostal do Movimento.

O Objetivo final é tornar a igreja estruturada em células, mesmo ao custo de se abolir outras formas de ação que a igreja venha a ter, como EBD, Mulheres Cristãs em Ação, União de Jovens, União Masculina, etc. Afirmam em seu material de treinamento que 90% dos líderes surgem através do discipulado um a um e 0% de classes estruturadas como Escola Bíblica, por exemplo, e 0% do púlpito.

As células funcionam como igrejas, ou seja, elas levantam ofertas e dízimos, ministram a "santa ceia", o líder da célula batiza os novos convertidos, entre outros atos de culto. Também fazem ação social e cuidados pastorais entre seus membros.

Dentre os critérios para ser líder de célula ou auxiliar de líder está a exigência do "Falar em Línguas Estranhas" como prova do Batismo no Espírito Santo, postura teológica eminentemente pentecostal, não bíblica.

No discipulado um a um deve acontecer uma mentoria, que torna o discípulo dependente do discipulador. Ensinam que o mínimo é M.D.A.3 (três discípulos), e o máximo é M.D.A. 12 (doze discípulos). O importante é que todos estejam debaixo da cobertura de um discipulador.

Orientação da Cartilha do MDA: "Discipulador não é discípulo que escolhe, é Deus! Em outras palavras, você não tem o "direito" de escolher o seu discipulador. Você tem que humildemente esperar no Senhor e submeter-se a decisão d’Ele. Seja quem for o discipulador que Deus colocar sobre você, é sua responsabilidade de submeter-se alegremente, ser transparente, e humildemente receber ajuda".

3) Algumas práticas do MDA

À semelhança de outros modelos neopentecostais, o MDA desenvolve algumas práticas extremamente místicas, que acontecem, especialmente (e preliminarmente) nos Encontros Face a Face, e, gradualmente, nas demais celebrações, tais como:

a) Uso indiscriminado do óleo - "BORRIFAMENTO" coletivo de óleo nas cabeças das pessoas no ato do culto.

b) Incentivo aos crentes na busca de "Línguas estranhas" - Um dos critérios para o Auxiliar se tornar Líder da Célula é falar em línguas (vide pagina 49, Item II, letra A da CARTILHA VISÃO DO MDA).

c) Cair no Espírito - Crentes são derrubados pelo "Espírito de Deus" dentro do Modelo, especificamente nos encontros FACE A FACE. Os líderes põem a mão na testa dos crentes e eles caem em transe por vários minutos.

d) Submissão total à liderança e seu discipulador - Uma espécie de não questionamento. O discípulo deve total obediência ao discipulador.

e) Ministração da "SANTA" Ceia uma vez por mês na Célula.

f) Benzimento das chaves para proteção das casas.

g) Altar de louvores dentro das casas - Todos os líderes devem (coercitivamente) separar um lugar dentro de casa e instalar um aparelho de som para tocar louvores ao Senhor durante as 24 horas do dia. Isso trará bênçãos aos familiares.

Obs.: Para um conhecimento mais profundo sobre este modelo, recomendamos o estudo do material já publicado pela CBB e CBESP sobre O MOVIMENTO DE IGREJA EM CÉLULAS NO GOVERNO DOS 12 - G12, inclusive sobre sua teologia e comparação com a genuína teologia bíblica.

4) Parecer

A proposta de disposição da igreja em células e a prática do discipulado pessoal dos crentes e novos convertidos é plenamente aplicável a qualquer igreja, pois encontramos amplo respaldo bíblico e neo-testamentário para estas estratégias. Muitas igrejas batistas se estruturam desta forma e nem por isso abrem mão da pura doutrina e teologia bíblica. A aplicação de ferramentas modernas não precisa implicar em introdução de práticas eclesiásticas, litúrgicas e ministeriais que ofendam os princípios estabelecidos por Deus no novo testamento a serem seguidos pelas igrejas locais desde os tempos apostólicos até a volta de Cristo.

Os batistas são pioneiros na introdução de células como estratégia de funcionamento das igrejas na era contemporânea. Ralph Neighbour (autor do livro Segue, amplamente usado há décadas por igrejas batistas brasileiras), pastor batista americano, foi o que primeiro sistematizou esta proposta hoje consolidada pelo Ministério Igreja em Célula.

A Junta de Missões Nacionais, da CBB, utiliza-se da proposta de igreja em célula e do discipulado individual em seu programa conhecido como Igreja Multiplicadora, com material à disposição para as igrejas.

5) Recomendações

1- Que a CBESP, através de seu escritório alerte as igrejas quanto a questão doutrinária neopentecostal deste movimento.

2 – Que a CBESP crie um modelo semelhante com os princípios, valores, doutrina e teologia bíblicos, assim como com sugestões de práticas e ferramentas operacionais adequadas às suas crenças e ofereça às suas igrejas.

3 – Que a CBESP providencie o treinamento dos que desejarem, incluindo seus missionários, introduzir o modelo celular e de discipulado individual em suas igrejas visando um desenvolvimento sadio.

4 – Chamamos atenção pelo excelente material produzido pela JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS para impulsionar a multiplicação de discípulos: Igreja Multiplicadora e Pequeno Grupo Multiplicador que poderão ser instrumentos norteadores do modelo Batista, sem perder nossa identidade denominacional.

5 – Que a CBESP faça uma análise dos diversos modelos existentes e indique às igrejas batistas aqueles que não ofendem a Palavra de Deus e que estão em acordo com nossas práticas

 

http://cbesp.org.br/index.php/documentos/219-parecer-do-gt-sobre-o-mda

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Textos de auxílio à reflexão:

GT Doutrinas e Práticas Pentecostais                                                               

(Apresentado/Aprovado na 79ª CBB Goiânia 1998, Livro do Mensageiro. Págs.579-587)

A CBB e o  Movimento G-12. 

(Publicado em O Jornal Batista, 30 de outubro de 2000)

GT Doutrinas e Práticas Pentecostais

Introdução:

Em atenção à decisão da 76ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira, que devolveu o assunto em epígrafe à reconsideração do GT, comparecemos a esse plenário para as seguintes considerações:

a. O GT fez uma releitura do parecer original, limita-se simplificar a redação para fazê-la mais prática e objetiva;

b. Quanto a introdução de textos bíblicos para embasamento das várias afirmações, contidas no parecer, entendemos que não poderíamos fazer nada melhor do que a Declaração Doutrinária da própria CBB apresenta;

c. A convicção do GT é que nosso problema está exatamente na ausência de uma interpretação da Declaração Doutrinária que defina a identidade batista;

d. Mesmo tendo esta compreensão, o GT não se furtou em atender a solicitação e, acrescentou às afirmações aos itens n° 2.3, 2.4 e seus sub-títulos, às referências bíblicas que entendeu mais apropriadas;

e. O movimento carismático no Brasil é objeto de preocupação, por parte de todos os segmentos religiosos, inclusive da igreja católica;

f. As igrejas batistas têm sido impactadas por esse movimento há vários anos. O momento porém, é de equilíbrio, sabedoria e amor para o tratamento desse tema a nível das igrejas locais, convenções estaduais, associações regionais e, especialmente, no âmbito do plenário da CBB;

g. Isso posto, o GT faz a seguinte exposição para finalmente formular o o seu parecer:

 

 I. O que é movimento carismático

 Em linhas rápidas, devemos voltar ao início deste século para fazermos dois registros:

 1) A chegada do chamado "culto protestante" ao Brasil deu-se antes do século XX. O Brasil recebeu missionários norte-americanos e imigrantes europeus que difundiram o culto evangélico em seu território;

 2) O movimento pentecostal tem sua origem fora do Brasil. Aqui chegou com alguns elementos, principalmente dos Estados Unidos, e tem a sua escalada bem nítida.

 1910 - O italiano Luiz Francescon, vindo dos Estados Unidos com uma experiência pentecostal, fundou a Congregação Cristã do Brasil, no Brás, em São Paulo, causando uma divisão na Igreja Presbiteriana daquele bairro.

 1911 - Dois suecos pentecostais, vindos de igrejas batistas dos Estados Unidos, lideraram um movimento pentecostal dentro da PIB de Belém. O grupo foi excluído e fundou a Primeira Igreja Assembléia de Deus em Belém, em junho de 1911.

 1951 - Surgiu a Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil (já existia nos Estados Unidos). Vários pastores pentecostais foram mobilizados numa Cruzada, entre eles, Manuel de Melo, que era da Assembléia de Deus.

 1955 - Manuel de Melo sai da Cruzada e funda o movimento O Brasil para Cristo.

 1970 - Surge a Igreja Pentecostal de Nova Vida, fundada pelo bispo Roberto McAlister, que esteve na Assembléia de Deus e no movimento O Brasil para Cristo.

 Outras - A Igreja Universal do Reino de Deus existe há menos de 20 anos, e já detém um grande número de adeptos, um patrimônio consistente, incluindo emissora de televisão, rádio e jornal.

 Dentro desse limite de tempo podem ser enquadradas: Casa da Bênção, Maranata, Deus é Amor, Cristo Vive e as atuais Comunidades de Fé.

 

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II - Características de culto

1. Informalidade na liturgia;

 2. Estímulo à busca de uma experiência semelhante àquela descrita em Atos 2: falar línguas, revelação do Espírito, acontecimentos marcantes;

 3. Ênfase no poder do Espírito para curar, expulsar demônios, exorcizar, batizar os crentes capacitando-os para a realização da vontade de Deus;

 4. Uso do misticismo nas celebrações coletivas: unção com óleo, oração de fé, bênção de cura e proteção; imposição de mãos sobre carentes e oprimidos;

 5. A mensagem pregada é "revelação" do Espírito. Acontece na hora da fala. O pregador pode falar em línguas, ter visões e operar "sinais e prodígios”;

 6. Destaques em cultos públicos: dia de vigília de poder, batismo no Espírito, culto de libertação;

 7. Em alguns grupos, excessivos pedidos de dinheiro com promessas e ameaças sobre os participantes dos cultos (bênção ou maldição).

 

III - Os batistas e o movimento carismático

 Recomendamos a leitura do livro do Pr. José dos Reis Pereira, História dos Batistas no Brasil -1882-1982, onde há um tratamento coerente da questão doutrinária que provocou a exclusão de pastores e igrejas da Convenção Batista Brasileira em 1965. A Convenção Batista Nacional surgiu com o movimento renovacionista desse período.

 

IV - Os neo-pentecostais

É o nome dado às práticas pentecostais da atualidade, algumas que passaram a empregar tais novidades em suas igrejas.

1. Sopro do Espírito: o pregador dá um sopro à altura cabeça da pessoa e esta, quase sempre, cai no chão "cheia de poder";

2. Pastores que estão atirando objetos e peças do seu vestuário (paletós, gravatas, lenços) sobre as pessoas na hora da ministração espiritual. Quase sempre, estas pessoas vão ao chão "pelo poder do Espírito";

3. Culto tipo programa de auditório: o(s) dirigente(s) conduz(em) as pessoas como apresentador(es) de Programa de Auditório, passeando na platéia, dirigindo brados de guerra ensaiados, organizando gestos e manifestações específicas para a hora do louvor, da oração, da cura. .

4. Introdução de costumes estranhos à Bíblia e a Igreja Cristã: orar sobre as roupas de pessoas ausentes ao culto; orar sobre fotografias de enfermos; barganha de prosperidade por bênção de Deus; venda de elementos transformados em sagrados: água que cura, sabonete que purifica o corpo, mel poderoso e outros.

 

V - Liturgia e Doutrina                                                   

 Liturgia e doutrina constituem duas categorias diferentes e muito ignoradas pelos carismáticos.

 Liturgia: É serviço. A palavra grega em Romanos 12.1 é latreia (serviço), como culto. O culto é uma espécie de sacrifício, dedicação da vida, à semelhança do que faz o próprio Cristo. Logo, no centro da adoração cristã (Liturgia) está Jesus.

 Doutrina: É o fundamento da fé. Não existe base bíblica para o exercício de liturgia livre da doutrina e da reflexão teológica. Assim, "teologia é a maneira de falar sobre Deus a Deus mesmo..."

 Paulo, entretanto, foi mais sistemático ao empregar o termo latreia racional.

 Usa a palavra logike. O seu conceito é o seguinte: os cristãos devem apresentar os seus corpos num serviço lógico ou espiritual.

 Já disse alguém que a "religião é o coração de um mundo sem coração'. Mas o mundo tem coração e sentimentos. Os desvios da atualidade transformaram a religião numa prática sem coração e sem lógica. Há extremos, hoje, ou de exacerbação emocional e anti-intelectual, ou de exercício racional sem emoção.

 Segundo a revista Evolução, as bases pentecostais são: cura, exorcismo e propriedade. "Assim, a própria Bíblia não passa de um amuleto, manejado apenas nos atos de exorcismos e noutras cerimônias, como fonte de virtudes excepcionais, ao lado dos sacramentos. Também estes são interpretados segundo uma perspectiva utilitária" (p.14).

 

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VI - Existência e uso dos dons espirituais

 Os dons (carismas) são havidos como valores absolutos pelos pentecostais em todos os tempos. Uma leitura superficial e tendenciosa da Bíblia é feita pelos carismáticos para sustentar sua interpretação sobre esse assunto.

 A referência principal é I Coríntios 14.1, "Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais..." E só. Daí deste versículo é feita a lista dos dons, sendo que os principais são línguas e profecias (para a congregação); cura e visões (para os líderes).

 Os grandes líderes carismáticos da atualidade justificam suas experiências fantásticas de maneira muito livre, personalizada, sensacional, absolutizada. Eles são paradigmas para a comunidade. Exemplos: Paul Yonggi Cho, Kenneth Hagin, T. L. Osbom, John Avanzini, Benny Hinn Juam Benedetti, Claudio Anacoandia, Larry Lea. Normalmente, são pessoas portadoras de histórias dramáticas, energizadas pelo Espírito de forma "sui generis", possuidoras de todos os dons das listas do Novo Testamento, chefes de igrejas e grupos independentes e, atualmente, donos de recursos financeiros consideráveis, horários em Rádio e TV de influência internacional, muita literatura e muita polêmica em sua trajetória.

 

VII - Questões gerais                              

 a. Os movimentos carismáticos já venceram obstáculos que os grupos tradicionais ainda não conseguiram superar: a Igreja Universal promove "correntes" da prosperidade, da saúde, orações especiais para sanar problemas familiares, financeiros e outros; a Igreja Renascer em Cristo conquista a juventude de classe média com uma forte ênfase em ação social e na música denominada "Música Gospel". Além disso, as opções de atrativos dentro do ambiente dessas igrejas têm sido muitas: exploração de espaços para esportes, shows, programas de auditórios, vídeo e muita sociabilidade, além de pouca ênfase nas exigências éticas da fé cristã.

 b. O momento que o mundo atravessa é, em si mesmo, místico. É final de século e de mais um milênio. As grandes questões da história aconteceram a partir das influências momentâneas e o período em que vivemos é propício a muitas coisas e novidades.

 c. Os carismáticos têm propostas variadas de alcance de massas. Tanto estão nas camadas pobres do país quanto nas de classe média e na burguesia também.

Reconhecemos que, os grupos tradicionais, incluindo os Batistas, permanecem uniformes em termos de método e discurso, e pretendem atingir a todos de forma igual e encontram dificuldades de mudanças.

 d. O olhar crítico dos católicos e evangélicos tradicionais, quando posto sobre os carismáticos, é muita vez limitado e tendencioso. Normalmente fixa e destaca seus exageros, sensacionalismo e problemas éticos. Mas é bom lembrar que a história dos carismáticos não é composta somente desses problemas. ,

 e. Líderes batistas que aderiram aos movimentos carismáticos, normalmente, experimentam o isolamento. Primeiro, a nossa Declaração de Fé, embora tão objetiva, não é um instrumento constante do exercício do ministério batista. Segundo, não dispomos de elementos úteis que possam dar apoio ao ministério batista: A autonomia das igrejas locais é um obstáculo a uma abordagem denominacional em situações de divergências doutrinárias, especialmente se não houver nos estatutos indicações de tratamento, pela igreja e denominação, quanto aos problemas de doutrina, divisão, dissolução da igreja, etc.

 f. O papel dos Seminários na formação de lideres precisa ser analisado sob dois aspectos: 1) critérios acadêmicos atualizados, válidos, técnicos, de avaliação e desenvolvimento do preparo de líderes. Sabemos que os seminários não podem prever o futuro dos pastores em seus trabalhos, mas podem dar instrumentos de trabalho, cultura espiritual e acadêmica, intelectualidade, razão crítica e visão de mundo livre do misticismo barato e sem sentido. Isso é chamado de qualidade. Eis o papel dos seminários; 2) a responsabilidade das igrejas na hora de recomendar candidatos ao ministério. As igrejas devem receber orientação da denominação, através dos próprios seminários e com a ajuda dos pastores acerca do preparo adequado (observação, acompanhamento e decisão) das igrejas e do(s) candidato(s) até o momento de sua recomendação e, ao longo do curso, de sua permanência lá.

 

VIII - Uma igreja batista: definição e características

 A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente criadas, e feitas uma só debaixo do governo do soberano Deus. No sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço - Mt 18.17; At 5.11; At 20.17,28; 1Co 4.17.

 Características

 1. O indivíduo - Os batistas sempre reconheceram o valor do indivíduo, e este ocupa o centro do esforço evangelístico e missionário das igrejas. Gn 2.7; Sl 8.4-6; Ec 5.14; 1Tm 2.5.

 2. O culto - Apesar das tendências históricas dos homens na busca de novidades, algumas provocaram prejuízos enormes ao processo de redenção do mundo. Os batistas têm procurado estabelecer as diferenças entre: a) essência (aquilo que o culto realmente é); b) qualidade (que é vivência da adoração pessoal ou coletiva); c) práticas (que são as experiências ou realizações). Existem aspectos positivos, lógicos, saudáveis, bíblicos, necessários; e os aspectos negativos, que são o interesse deste trabalho.

 2.1. O culto deve ser coerente com a natureza de Deus. Sl 30.4; Sl 33.1-2

 2.2. Historicamente, os batistas sempre foram anti-rituais e contrários a qualquer espécie de misticismo.  

2.3. O culto é a comunhão com Deus. E isso envolve certos padrões, que não são invenção humana, mas princípios da sabedoria divina:  

2.3.1. Reverência - É a atitude de reconhecimento da grandeza de Deus e de Sua soberania. Sl 24; Mt 6.9;   Lv 19.30.  

2.3.2. Ordem - É a maneira como a liturgia se desenvolve. Ordem não é sinônimo de frieza, formalismo ou  ritual. 1Co 14.40.  

2.3.3. Confissão - Forma de expressão de arrependimento. Quando renunciamos ao pecado confessamos a  Cristo como Senhor. Sl 51.1-4; Sl 32.5-6; lJo 1.9: Tg 5.16.  

2.3.4. Oração - Meio de crescimento que aproxima o homem, ou grupo, de Deus, intensificando a comunhão.    Jr 33.3; Dn 9.20; Lc 18.1-8; 1Cr 7.14.  

2.3.5. Edificação - Pela meditação na Palavra de Deus. Mc 2.2; Jo 4.50; Jo 6.68; 1Ts 2.17.  

2.3.6. Louvor - É santidade e majestade de Deus. Hb 13.15; SI 67.3; Rm 12.1-2; Sl 69.34.  

2.3.7. Reconhecimento - Da autoridade divina, que se manifesta na atuação do Espírito Santo como consolador,  convencendo o homem do pecado, da justiça e do juízo.

 GT entende que essas ondas que, de quando em quando, invadem nossas igrejas procurando reeditar doutrinas próprias do pentecostalismo, como: adivinhações, sonhos, profecias, unção com óleo, oração no monte, línguas estranhas, sopro do Espírito e outras novidades, não fazem parte do corpo de ensinos ministrados pelos batistas. Nossa fé está fundamentada na clareza da doutrina bíblica e não nos relatos obscuros que dão margem à imaginação do homem. É por isso que cremos na Bíblia como Palavra de Deus, e que a Revelação de Deus na história se completou em Jesus Cristo (Hb 1.1-8; Jo 1; Col 1.12-23). Cremos no batismo no Espírito Santo no ato da conversão, na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo para salvação dos pecados por meio da fé; na liberalidade e responsabilidade do homem diante de Deus. Inúmeras outras afirmações poderiam ser adicionadas aqui, mas optamos por aquelas que julgamos ser as principais para uma igreja nortear o seu rumo, sob o princípio de que tudo deve ser feito "com decência e ordem" (lCor 14.40).  

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 2.4. Liturgia Bíblica - Entendimento substancial das igrejas batistas:

 Reconhecemos que não há um modelo, um só padrão de culto. E que a igreja batista não é detentora da única forma correta de cultuar. Mas entendemos que há princípios norteadores de adoração, expostos na Bíblia que são substanciais ao culto.

 2.4.1. Princípios norteadores da adoração.  

2.4.1.1. Amor e Devoção a Deus. Mt 22.37  

2.4.1.2. O louvor como forma de exaltar a Dignidade de Deus e a perfeição de Seu caráter. Sl. 46.10.  

2.4.1.3. Oração - Que é o meio de ouvir a voz de Deus na intimidade. Há orações de louvor, gratidão, de  confissão, de súplicas, e de intercessão. At 2.42.  

2.4.1.4. A Bíblia como autoridade em matéria de fé e prática. O VT é a Palavra de Deus através dos profetas e o  NT é a voz de Deus através dos apóstolos. IITm 3.16,17.  

2.4.1.5. A música como elemento forte, procura levar a pessoa ao coração de Deus. É adorar em Espírito e em  verdade. Jo 4.23,24.  

2.4.1.6. Celebração de batismos. At. 10.47,48.  

2.4.1.7. Celebração da Ceia do Senhor. ICo 10.23-26.  

2.4.1.8. Dedicação de vidas, dízimos e ofertas. Ml 3.10.  

2.4.1.9. Apelos de arrependimento. At 2.38.  

2.4.1.10. O exercício do sacerdócio individual (cada pessoa pode ir à presença Deus sem mediador, a não ser Jesus Cristo). Hb 10.19-25.

 2.4.2. Elementos que podem ou não ser usados nos cultos, mas não são essências e nem definidores de ortodoxia.  

2.4.2.1. Bater palmas em momento de cânticos. Sl 47.1.  

2.4.2.2. Determinadas expressões do vocabulário evangélico atual: Paz do Senhor. Glórias e Aleluias, etc. ICo 1.3.  

2.4.2.3. Levantar as mãos na hora de cânticos ou de oração. lTim 2.8.  

2.4.2.4. Jejum individual. Jn 2.5; Mt 6.16-18; Is 58.5-7; 2Co 6.5.  

2.4.2.5. Chamar pessoas à frente para oração.  

2.4.2.6. Orar em duplas, ou em grupo, dentro dos cultos públicos. Tg 5.16-17; Ef 6.18; 1Ts 5.17.  

2.4.2.7. Postura padrão para orar (de pé? de joelho? sentado?) Mt 6.5; At 20.36; Lc 22.46.  

2.4.3. Práticas que são contrárias ao culto cristão, à luz da Bíblia, e ao culto celebrado pelas igrejas batistas:  

2.4.3.1. Bater palmas para Jesus. A Bíblia recomenda adorá-lo! Mt 28.17.  

2.4.3.2. Declarações de caráter autoritário, estranhas à Bíblia. Ex. Amarrar Satanás. A Bíblia recomenda resistir. Ef 6.18. 2.4.3.3. Classificação dos "espíritos":  espírito de maldição; espírito de morte, espírito de mentira, espírito de enfermidade.  

2.4.3.4. Adivinhações. Lv 19.31; 20.6; At 16.16-18.  

2.4.3.5. Revelações isoladas (o nosso entendimento é que a revela já se completou) na Bíblia. Jo 1.17; Ap 22.18.  

2.4.3.6. Unção com óleo como elemento de fé.  

2.4.3.7. Orar no monte como se monte fosse um lugar especial.  

2.4.3.8. Jejum como meio de obtenção de graça ou de crescimento espiritual. Is 58.5-7.  

2.4.3.9. Falar em "línguas estranhas". 1Co 14.2,4,5. O falar em  línguas é, no ensino de Paulo, do interesse de uma pessoa; a edificação é interesse da igreja.

 

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IX - Parecer do GT

1. Que as igrejas da CBB estudem mais eclesiologia e reflitam mais sobre a teologia dos princípios batistas;

 2. Que os pastores e igrejas da CBB recebam da Convenção um apelo a que realizem as mais variadas formas de estudos e atividades sobre a razão de ser da igreja, sua missão histórica, os avivamentos à luz da história, igreja local e responsabilidade social e muitos outros temas;

 3. Que reconheçamos as diferenças existentes entre as Igrejas Batistas chamadas tradicionais, isto é, que apresentam liturgia, costumes e doutrinas bíblicas e que aceitam a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, e as que estão em fase de renovação carismática, apresentado divergências entre o culto e a prática;

 4. Que essas diferenças sejam avaliadas, à luz dos testemunhos de membros dessas igrejas e de abordagens feitas aos pastores das igrejas, a partir de critérios bem definidos: base litúrgica, teologia, fundamentos hermenêuticos;

 5. Que a CBB faça apelo às Ordens de Pastores dos estados brasileiros a que façam promoções contidas no item 2, e que estejam atuando junto aos pastores envolvidos com o movimento carismático, ouvindo-os e dando oportunidades de expressão a esses pastores;

 6. Que o princípio de autonomia da igreja local seja respeitado, mas que a CBB tome posição frente às igrejas que se caracterizam por desvios doutrinários e que não agem de acordo com a teologia e eclesiologia das igrejas ligadas à Convenção;

 7. Que os casos não sejam tratados em termos gerais, mas que cada um seja considerado em suas particularidades;

 8. Que os seminários, tanto da CBB, como das convenções estaduais, apresentem programa de preparo específico e constante dos seus alunos nesta área, envolvendo as próprias juntas, seus reitores, corpo docente, objetivando preparar os alunos para que saiam dos seminários conscientes sobre as diferenças marcantes entre avivamento espiritual e práticas pentecostais e exóticas;

a) O GT entende que a proliferação de seminários no Brasil é forte contribuinte para a divulgação de doutrinas e conceitos carismáticos.

b) As igrejas devem preparar melhor os candidatos, verificando sua vocação e maturidade.

c) Os professores hão de ser integrados, o máximo possível, na obra denominacional.

d) Considerando a importância do Ministério Pastoral para o resguardo da identidade denominacional, que se recomende às igrejas que só promovam ordenações de candidatos que, primeiramente, tenham estagiado junto a pastores experientes e integrados na denominação.

e) Que assuntos de ordem doutrinária da denominação sejam tratados a nível da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e das Ordens estaduais.

 9. Que sejam planejadas e executadas, de cinco em cinco anos, grandes campanhas nacionais de evangelização e despertamento, com congressos, programas de conferências intensivas e simultâneas de evangelização, clínicas de preparação de igrejas para as várias ações estratégicas, desde a capacitação das igrejas para o momento da semeadura até a integração dos resultados;

 10. Que seja nomeada uma comissão de juristas para elaborar um plano de garantia e segurança do patrimônio das igrejas, formas adequadas de registro e ação no sentido de retomada do mesmo em caso de desvios doutrinários;

 11. Que declaremos nesta Assembléia que somos uma denominação que crê na Bíblia, na autoridade de Jesus, na majestade de Deus, na atuação do Espírito Santo, na investida missionária, na justiça social, no avivamento que vem do céu, que produz unidade, paz, respeito público, arrependimento e conversões.

 

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1995.

Pr. Belardin de Amorim Pimentel – Relator   Pr. Ebenezer Soares Ferreira;  Pr. Aloízio Penido Bertho;   Pr. Irland Pereira de Azevedo;   Pr. Ader Alves de Assis;   Pr. Júlio de Oliveira Sanches;   Pr:.João Ferreira Santos;   Pr. Washington Rodrigues Souza Ferreira;   Pr. Darci Duzilek.

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PARECER COMPLEMENTAR:

1. Lendo as atas da 77 Assembléia de Natal, a constatação é da aprovação do parecer oferecido naquela ocasião, às páginas 491 a 497 do livro do mensageiro.  

2. Correção há de ser feita ao texto da ata da 2' sessão, 19.01.96, onde foi registrada a seguinte declaração: "Que se estimule a busca de uma experiência marcada por falas em línguas, revelação do Espírito, acontecimentos marcantes". O item 2.2. tem a seguinte redação: "Historicamente, os batistas sempre foram anti-ritualistas contrários a qualquer espécie de misticismo".  

3. Quanto a comissão de Juristas sugerida no parecer do GT, nossa compreensão é de que a própria, mesa da Assembléia há de indicá-la e os assuntos sobre os quais deve opinar, estão ligados . patrimônio e áreas congêneres.  

4. Quanto às decisões da 76' Assembléia de São Luiz, à página 75 do livro do mensageiro entendemos que devem ser incorporadas ao texto do parecer original.

4.1. "Que esta Convenção proclame que os Batistas brasileiros desejam o avivamento verdadeiro bíblico, profundo e fiel a Cristo e que resulte na conversão e integração bíblica de milhões de brasileiros que vivam santamente e proclamem Cristo poderosamente".

4.2. "Que as igrejas sejam incentivadas a buscarem, pela oração e pela profundidade bíblica, o verdadeiro avivamento".

4.3. "Que as entidades e juntas da CBB estudem criteriosamente os seus métodos, materiais didáticos produzidos e comercializados, a fim de evitarem promoção do falso avivamento e que ao mesmo tempo, promovam vida cristã profunda e oração, visando ajudar as igrejas a alcançarem o verdadeiro avivamento espiritual".  

5. Quando ao de n° 4 da mesma página: "Que a Declaração de Fé e Doutrinária da CBB seja objeto de uma revisão, visando esclarecer melhor os assuntos em evidência no momento, quanto aos movimentos carismáticos". Entendemos que essa revisão já tem sido feita há pouco tempo. Nesse sentido a sugestão do GT é que a CBB determine a elaboração de um trabalho mais completo, em forma de livro. Para comentários teológico interpretativo dos capítulos e artigos da Declaração Doutrinária.

6. Quanto a forma final do texto do parecer, entendemos que esse trabalho deva ser feito em forma literária por alguém que o Conselho determine. Informamos, porém, que o Pr. Washington Rodrigues de Souza Ferreira, um membro do GT, estará disposto a realizar essa tarefa.

Rio de Janeiro, 29 novembro de 1996,

Pelo GT,

Pr. Belardim de Amorim Pimentel - Relator

   

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Glória a Deus, sempre e eternamente !

 

   
A vida é bendita quando é dirigida pelo  Espírito Santo, com amor, alegria e paz, paciência, afetividade e bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio!
(Gálatas 5.22-23).
Quem ou o que está dirigindo o seu ser (viver)? 
Creia, experimente o Senhor Jesus como Único, Suficiente e Eterno Salvador!   

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CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA PARA TODO SER.

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O melhor em ser crente é pertencer e permanecer unido ao SENHOR Jesus Cristo! (cf. João 15)

                      Responsável: WMC, 1ª atualização em 27.jun.2015, última atualização 31.maio.2019 (66-9.9691-1400) pr.waltermcarvalho@outlook.com