& 17. A SOBERANIA E PROPÓSITOS DE DEUS 

 

 

(Langston, 297-309)

 -   Questões: A partir de que perspectiva o ensinamento de Paulo sobre a soberania, predestinação e eleição é abordado?  Qual é a interpretação teológica que é medianamente aceita de soberania, predestinação e eleição?

 

17.1 A SOBERANIA DE DEUS

    Paulo por estar convicto que Deus  era  a  causa  original  de  tudo  que  existe  e  acontece,  constantemente  acentuava  de maneira prática a idéia do eterno Propósito de Deus, ora do ponto de vista histórico, ora do ponto de vista da eternidade. A chave de todo este Propósito Divino, se acha na natureza de Deus (Gênesis 1.26).

   A Criação do universo por  Cristo e para Cristo — demonstra a significância do cosmo para a Pedra Espiritual, histórica e eterna. (Col. 1.16-17;  Ef. 3.9;  I Co. 10.4)

 

17.1.1 A relação de Deus para com o mundo, baseia-se no fato de que o mundo é o lugar onde está sendo operado o grande processo redentor — o eterno propósito de Deus. Onde a esperança da redenção do pecado, corrupção, imperfeição e morte, é aguardada,  tanto pelo homem como pela criação que geme com “dores até agora” (Rm. 8.18-25).

 

17.1.2 A revelação de Deus como um testemunho universal.

A revelação é necessária  e tem que ser universal (At. 14.17);

Deus se revela (até) aos pagãos (Deus também dos gentios Rm. 3.29), por meio da sua infinita sabedoria e poder observáveis na natureza criada ( Rm. 1.19-20).  A consciência, e a lei moral escrita no coração, tem por fim induzir o homem a buscar a Deus, se puder achá-lo. (At. 17.26-28)

Seja através da natureza racional e ou religiosa, o homem sente-se culpado de seu mal viver terreno. E nada poderá excusá-lo, nem mesmo a ignorância. (Rm. 2.1, 21, 28)

 

Embora Deus se revele aos pagãos, a relação de Deus com Israel foi especial, através do concerto, revelou-se de modo especial, sendo preservado a despeito de todos os pecados. (Rm. 3.1-5). O Propósito de Deus, era que Israel fosse a nação portadora da salvação  determinada graciosamente a todas as nações. Paulo lutou e sofreu muito, para desfazer esta falsa interpretação de que só judeus eram escolhidos pelos desígnios de Deus para uma relação redentiva.

 

17.1.3 O Propósito de Deus falhou, quando os judeus rejeitaram o Plano Divino por meio de Cristo? Não.

   Israel o povo escolhido rejeitou a missão (as maiores bênçãos) da salvação e o próprio Messias. A Nação fracassou. 

   Fracassou também o plano de Deus? Não. Romanos 9-11 revela fatos desta importante questão. Pode “haver uma eleição dentro de uma eleição; isto é, pode haver um ‘resto’, um grupo fiel dentro da nação infiel. Podia ser que a massa do povo tornando-se infiel tivesse de ser rejeitada, porém uma parte deste, um Israel dentro de Israel, houvesse de se manter sempre fiel aos desígnios e propósitos de Deus... ’...e dizei: Salva, Senhor o teu povo, o resto de Israel’(Jeremias 31.7). ‘Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo’ (Romanos 9.27). ‘Assim pois também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça’(Romanos 11.5).” (Langston, p. 303-4).

O Plano não falhou: A Palavra de Deus não falta. Nem todos descendentes de Abraão, são israelitas. (Rm. 9.6-13).  

   Se falhou, foi o povo judeu, por ter buscado a sua própria justiça. É como o caso referido por Isaías, quando Deus estendia debalde as suas mãos a Israel, que não O atendia: ‘Estendi as minhas mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos’ (Isaías 65.2).  Romanos 9 e 10 esboça um quadro negro na relação de Israel com Deus, porém, no capítulo 11, tudo se torna belo, Deus não rejeitou o seu povo, ficou um resto como nos dias de Elias (que não dobrou os joelhos a baal): “Assim pois também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça já não é pelas obras: de outra maneira, a graça já não é graça. Pois que? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos...’” (Romanos 11.1-10)

   A soberania Divina na escolha dos instrumentos é sustentada em Rm. 9.14-33.

 

17.1.4 Os gentios não tomaram o lugar dos judeus.

   Primeiro o Evangelho foi pregado aos judeus, mas com a rejeição ao Messias, foi apressada a obra de oferecimento do evangelho aos gentios, por meio da pregação. (Rm. 11.11; Atos 13.46)

   Paulo esperava que a pregação e o conseqüente gozo pela bênção da salvação entre os gentios, estimulasse os judeus à conversão a Cristo. (Rm. 11.13-14, 31) A figura da árvore e do enxerto ilustra bem essa idéia. (Rm. 11.23).

 

17.2 A Natureza Moral do Criador: Amor e graça; justiça e ira

    Paulo não desenvolve uma análise dos atributos de Deus, mas acentua as “duas qualidades... representadas pelas expressões — ‘amor e graça’, e ‘justiça e ira’.

 

17.2.1 Paulo acentua muito a idéia do amor de Deus, o favor não merecido que Ele manifesta aos homens.” (Langston, p. 298)

— Amor que fez Jesus morrer por nós (Rm. 5.8; Ef. 2.4) 

— Amor poderoso que resiste a qualquer força universal (Rm 8.38-39)

— Amor que por misericórdia opera a favor da salvação do pecador (Rm. 11.32)

“Graça, misericórdia e compaixão são as grandes palavras de Paulo ao descrever a natureza e a ação de Deus:...” (Langston, p. 299) (Rm. 3.24; 9.23; 12.1)

   “Para o apóstolo Paulo amor é a glória da divina perfeição” (Langston, p. 299)  (1 Cor. 13.10)

 

17.2.2 Paulo acentua também a ira de Deus

— A ira se manifesta do céu sobre toda impiedade e injustiça (Rm 1.18)

“As riquezas da bondade divina, glória, honra e paz são dadas aos bons; por outro lado a ira, a indignação e tribulação são derramadas sobre os maus:” (Langston, p. 299) (Rm. 2.4-5, 8)

— A ira de Deus está destinada aos pecadores, “... da qual é o propósito da redenção livrá-los” (Langston, p. 299) (Rm. 4.15; 5.9)

 

17.2.3 Qual é a relação entre a ira e o amor de Deus?

   A ira é um aspecto do amor de Deus, que reage enfrentando com indignação o pecado voluntário,  não confessado do homem.

... amor é Deus em relação ao homem. Ira é o que caracteriza a relação de Deus para com o pecado neste mesmo homem. A ira é de caráter mais passivo do que ativo; isto é, a ira de Deus não é  Deus querendo, desejando, ou achando prazer em punir os maus, porém, é a aversão natural que um ser santo sente diante de um ser pecaminoso, especialmente quando ele peca por vontade própria.  Porém, a ira pode tornar-se ativa; não é, portanto, inconsistente com o amor santo.  Muitos entendem que a ira é o antônimo do amor, mas não é assim; o ódio é que é o antônimo do amor.  Sabemos que Deus em circunstância alguma odeia o homem.  A ira está em contraste com as atividades do amor que se chamam ‘graça’ e ‘compaixão’; atividades estas que são aspectos do amor divino, reveladores da compaixão pelo pecador e do desejo de perdoá-lo dos seus pecados. Porém, tanto a ira como a graça são aspectos do amor.  Graça é o amor em relação ao pecador.  A ira é o mesmo amor em relação ao pecado. (Langston, p. 299-0)

“A concepção da justiça de Deus, onde essa justiça revela a atitude de Deus para com o pecado é semelhante a idéia da ira. Às vezes este termo ‘justiça’ exprime a sua atitude para com o pecado, da mesma maneira como o termo ‘ira’ “. ( Ibid., p. 300) (Rm. 3.25-26).

   Sobre tudo isto, “a melhor concepção que Paulo tinha de Deus é que ele é Santo Amor” (Ibid., p. 300) (Rm. 8.37-39).

   

17.3 A Predestinação  – Propósito de Deus é salvar, não é condenar.

17.3.1 Como se relaciona o eterno propósito com a salvação final dos homens? — Todo o trabalho da salvação está ligado com o eterno propósito de Deus:

  

Deus conheceu (cf. a sabedoria de Deus, ordenada antes dos séculos para glória dos crentes 1 Co. 2.7)  e predestinou (Rm. 8.29)   ou elegeu (cf. Ef. 1.4) antes da fundação do mundo os crentes para serem conforme à imagem de Jesus (Rm. 8.29); para serem santos e irrepreensíveis diante dele em amor (Ef.1.4).  Segundo o eterno propósito que fez  em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Ef. 3.11).

 

17.3.2 Os Crentes são chamados por decreto (Rm. 8 28), segundo o Propósito Divino.; e são justificados por Deus (Rm. 8.3).

É interessante notar que Paulo em todas essas passagens fala do propósito de Deus em relação à salvação e não em relação à condenação. O Propósito de Deus é salvar(grifo meu); porém, os que rejeitam os esforços divinos a seu favor têm que sofrer as conseqüências dos seus atos, apesar da grande e boa vontade de Deus para com todos os homens.  É verdade que o apóstolo Paulo, no capítulo 9 de Romanos, diz que Deus aceita este e rejeita aquele como vemos em relação a Jacó e Esaú. Chega até a comparar Deus ao oleiro e o homem ao barro; porém, aqui nada diz sobre o destino final dessas pessoas.  Ele está dizendo que Deus é soberano e pode manifestar a sua graça onde e como queira.

Infelizmente muitos têm tomado as palavras do apóstolo Paulo para dizerem que ensinam que o destino do homem é fixo pelo propósito de Deus. Isto é, que Deus predestina um para a salvação e outro para a condenação.  Felizmente não há tal ensino na Bíblia. Deus fixa sem dúvida, os meios da salvação. É certo que Ele fixa também as conseqüências dos atos praticados pelo homem. Foi Ele quem estabeleceu a lei de se colher o que se semeia.  Nunca fixou ou predestinou, porém, o destino do homem.  O homem pode agir como bem entender. É livre.  A predestinação não toca no ato, apenas fixa as suas conseqüências.  O homem é livre para agir, como livre é o semeador para escolher a qualidade da semente que semeia.  O resultado deste ato, porém, não está ao sabor da vontade do homem.  Deus deixa o indivíduo agir livremente mas fixa ou predestina todos os resultados dos seus atos. ‘Quem crê será salvo, quem não crê já está condenado’. Esta é a doutrina da predestinação que Paulo pregou.

Paulo reconhecia que Adão era livre, e caiu livremente, e que o homem tem agido livremente através de toda a história.  Reconhece mais que a salvação de todos é o alvo ou o fim do evangelho: ‘Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade’(I Timóteo 2.4). ‘Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis’ (I Timóteo 4.10).  ‘Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia’ (Romanos 11.32)

 

Conclusão (Langston),

  (1)   A eleição  tratada em Romanos é de um povo e não de  indivíduos, os princípios ensinados tem como ponto de vista o eterno propósito  de Deus, o qual visa o estabelecimento “do plano de salvação pela graça: ‘Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo’ (Efésios 1.9). Portanto, quando Paulo fala do eterno propósito de salvar, não fala naturalmente de condenação.

  (2)   A eleição que é tratada, tem  uma função histórica ( uma missão), e não  um destino eterno. Os atos históricos são identificados com os ideais do eterno propósito de Deus.

  (3)   A Eleição é contemplada mais como uma ação dentro da história, do que “do ponto de vista de uma ação pré-histórica”. “...o que Deus faz na história é o que Ele pretendia fazer antes da história.”

  (4)   A eleição não é fundamentada nas obras, direitos adquiridos por descendência ou por nacionalidade, é totalmente baseada na graça divina.  Eis a finalidade prática da doutrina de predestinação:  “...exaltar a graça divina, como a causa eficiente na salvação. Exclui todo o mérito das obras; a salvação é de graça.” E “A eleição é condicional no sentido que o eleito pode perder os direitos ou privilégios da eleição.”

  (5)   “O indivíduo tem que cumprir o seu dever se quiser gozar os favores de Deus. É verdade que o propósito de Deus é um propósito de graça, porém, a fé sempre tem que acompanhar a graça. Assim teremos de deixar a questão do propósito de Deus em relação a Israel.” (Langston, p. 307-8)

  (6)   O propósito eterno de Deus é para todos os homens. É a vontade de Deus que todos os homens sejam salvos. “E está predestinado que todos que crêem serão salvos e da mesma maneira está predestinado que todo aquele que não crê não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanecerá.” ( Ibid., p. 308-9).

 

PONTOS EM DESTAQUE...   

...DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CBB

V – SALVAÇÃO

      A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor.   (Sal. 37.39; Is. 55.5; Sof. 3.17; Tito 2.9-11; Ef. 2.8,9; At 15.11; 4.12)

    O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz. (Is. 53.4-6; I Ped. 1.18-25; I Cor. 6.20; Ef 1.7; Apoc. 5.7-10)

    A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser. (Mat. 16.24; Rom. 10.13; I Tess. 5.23,24; Rom. 5.10)

    É um Dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação.   (Rom. 6.23; Heb. 2.1-4; João 3.14; I Cor. 1.30; At. 11.18)

 

VI – Eleição

    Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça. ( Gên. 12.1-3; Êx. 19.5,6; Ez. 36.22,23,32; I Ped. 1.2; Rom. 9.22-24; I Tess. 1.4)

    Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o Dom da salvação. (Rm. 8.28-30; Ef. 1.3-14; II Ts. 2.13,14)

    Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens.       (Deut. 30.15-20; João 15.16; Rom. 8.35-39; I Ped. 5.10)

    A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus.    (João 3.16,36; João 10.28,29; I João 2.19)

      Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus.    (Mat. 24.13; Rom. 8.35-39; I João 2.27-29; Jer. 32.40)

      O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o Dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação. (João 10.28; Rom. 8.35-39; Jud. 24; Ef. 4.30)

 

PRINCÍPIOS BATISTAS

              Documento “Princípios Batista”, organizado por uma comissão especial de 19 líderes da Convenção do Sul dos Estados Unidos, em 1964, por ocasião das comemorações do 3º Jubileu da organização da primeira Convenção Batista de âmbito nacional e publicado no Brasil pela JUERP.

  1.     Cristo Como Senhor

A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana de eterna divindade e poder – como o unigênito Filho do Deus Supremo – de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procedem a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao seu serviço, fidelidade ao seu reino e a máxima devoção à sua pessoa, como Senhor vivo.

A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda esfera da vida está sujeita à sua soberania.

  O INDIVÍDUO

1.     Seu Valor

A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo.

O homem, como indivíduo, é distinto  de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.

A Bíblia revela que Jesus Cristo morreu por todos os homens.

O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano.

Ele tem direitos outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitável da comunidade; de ter a alcançar o seu potencial.  

Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

 

2.     Sua Competência

O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas.

Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor.

Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção.

Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

 

3.     Sua Liberdade

Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando os direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; outras pessoas a participarem nos cultos e noutras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado nem pelo estado, nem por qualquer outro grupo religioso - é um direito outorgado por Deus.

  Cada pessoa é livre perante Deus, em todas as questões de consciência, e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar de sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

 

A Vida Cristã

  1. A Salvação Pela Graça

  A graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem, no seu estado natural, é  egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressões e pecados.

  Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos.

  A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a ele como Senhor.

             A salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza pôr uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá a certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.

  A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

 

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Elaborada por Walter Meleschco Carvalho, e atualizada em 28/09/2005